Este ano, a Riotur prometeu entregar o alvará necessário para a liberação dos desfiles até o dia 25 de janeiro, um mês antes do que normalmente acontece. Os blocos pediram agilidade para que tenham mais tempo na preparação da folia.
Os blocos carnavalescos são considerados Patrimônio Cultural do Brasil. O projeto de lei 3.724/2021, que reconhece blocos e bandas de carnaval como manifestação da cultura nacional, foi sancionado em 24/4/2024.
O texto havia sido aprovado em março no Senado. A relatora do projeto, Augusta Brito (PT-CE), disse que os blocos e bandas “refletem a grandeza de nossa diversidade cultural”.
Os blocos de rua divertem e arrastam multidões no período carnavalesco. E muitos têm nomes irreverentes e criativos que divertem. Aproveitando para matar a saudade, veja alguns que fazem sucesso pelo Brasil.
O 'Amoribunda' brinca com as palavras amor e bunda. Além disso, o bloco brinca com a palavra moribunda, ou seja, a pessoa que está morrendo. Vale destacar que a concentração é atrás do cemitério da Vila Mariana, em São Paulo.
Também em São Paulo, fica o 'Arrianu Suassunga'. O bloco existe desde 2015 e sai no Pinheiros. O nome brinca com as palavras arriando sua sunga, além de homenagear o autor Ariano Suassuna.
O 'Ritaleena' brinca com o nome do remédio ritalina, que serve para controlar a hiperatividade e o déficit de atenção. Além disso, homenageia a cantora Rita Lee. Ele foi criado em 2015.
O bloco 'Sai, Hétero!' tem o nome autoexplicativo e é destinado ao público LGBTQIAP +. Ele foi fundado em 2016 e também existe no Rio de Janeiro.
O 'Siga Bem Caminhoneira' também é voltado para o público LGBTQIAP +, especialmente as mulheres. O nome do bloco brinca com o estereótipo da lésbica.
O 'Samby e Júnior' existe desde 2019 e faz sucesso no centro de São Paulo. Ele toca sucessos dos anos 90 e, claro, muito Sandy e Júnior.
O 'Unidos da Ressaca do Diabo' foi criado pelos administradores de uma página no Instagram chamada 'Ressaca do Diabo', que mostra fotos de pessoas com ressaca.
Na Mooca, existe o 'Moocalor, Mêo!'. Ele brinca com o clima da cidade na época de Carnaval, além de uma gíria típica de São Paulo.
O 'Kaya na Gandaia', fundado em São Paulo em 2012, traz muito reggae e faz uma menção a um dos álbuns de Bob Marley, o 'Kaya'. Já gandaia é sinônimo de farra. Gilberto Gil tem um álbum chamado 'Kaya N’Gan Daya'. Ou seja, o nome é criativo.
O 'Não Era Amor, Era Cilada' é um bloco que existe em vários locais do Brasil. O nome é uma referência ao refrão de uma das principais músicas da banda Molejo. O grupo, aliás, combina muito com o Carnaval.
O bloco 'Nois Trupica Mas Não Cai' é uma homenagem a uma música de Rick e Renner, de 2005. Ele sai em São Paulo, no bairro Pinheiros.
O bloco 'Jenifer da Tinder' é uma homenagem ao maior hit do cantor Gabriel Diniz. A música e o bloco são de 2019, ano em que ele morreu.
Em São Paulo, um dos mais populares é o bloco 'Casa Comigo', formado em 2013. Recentemente, foi criado o ' Que Casar que Nada!', criado por solteiros para lá de convictos.
O bloco 'João Capota na Alves' é de 2008. Ele foi criado para homenagear as ruas paulistas João Moura, Capote Valente e Alves Guimarães, onde moravam os fundadores.
Em São Paulo, o 'Jegue Elétrico' tem um nome curioso. A sua proposta é tocar músicas de Carnaval oriundas das cinco regiões brasileiras. Também há muita marchinha bem-humorada.
Ainda em São Paulo, destaca-se o 'Marquei de Combinar'. Para aqueles que se comprometem com agendamentos e fica por isso mesmo...
E o que dizer do bloco paulistano 'Quem Matou Odete Roitman?' Ele foi inspirado na pergunta que embalou a reta final da novela 'Vale Tudo', da Globo, em 1988.
O 'Siri com Câimbra' desfila em Rio das Ostras, no litoral fluminense. E nem precisa explicar por que ele entrou na lista dos blocos divertidos.
No Rio de Janeiro, um dos mais populares é o 'Imprensa que eu Gamo', uma brincadeira com as palavras me e prensa (sinônimo de espremer). Ele foi fundado por jornalistas e desfila desde 1996 em Laranjeiras, na zona sul da cidade.
Ainda na capital carioca, um muito famoso é o 'Simpatia é Quase Amor'. Além de criativo, ele merece destaque porque sua história está ligada à redemocratização do Brasil.
No Largo do Machado, no Rio de Janeiro, existe o 'Largo do Machado, Mas Não Largo do Copo'. O nome brinca com o nome do bairro e com os hábitos boêmios de seus frequentadores. E ainda gerou um derivado: o bloco Largo do Machadinho (foto).
E o que dizer do 'Virilha de Minhoca'? Ele sai no bairro de Bangu, na Zona Oeste. Um dos nomes mais engraçados dos blocos brasileiros.
O 'Parei de beber, não parei de mentir' fala por si só: a cerveja está mais do que liberada.
Em Olinda, cidade pernambucana ao lado da capital Recife, há o 'Antes Aqui Que na UTI'. O nome fala por si só, além de render uma rima.
Agora, alguns blocos com duplo sentido: 'Só o Cume Interessa', que fica na Urca, no Rio de Janeiro.
'Trema na Linguiça' é outro com nome engraçado. Ele também faz uma referência à acentuação gráfica que não existe mais na palavra linguiça.
O Bloco 'Balança Meu Catete' reúne multidões no bairro do Catete, um dos mais tradicionais do Rio, onde fica o palácio que já foi sede da República do Brasil.
O Bloco 'Se Não quiser me dar, me empresta' sai pelas ruas de Ipanema, na orla do Rio
O 'Encosta Que Cresce' é um bloco carnavalesco que desfila no Distrito Federal.