Na Expoleite 2024, a vaca que pertence à Fazenda São José do Can Can e é criada sob os cuidados de Maurício Silveira, somou uma produção total de 253 kg durante a competição. E alcançou a marca recorde de 84.540 kg de leite.
Foi uma façanha, tendo em vista que o evento reúne algumas das melhores vacas do país . Produtores celebraram a conquista que é importante para a pecuária brasileira em geral, já que é um título mundial.
A raça Gir Leiteiro é tida como uma das que mais produzem leite de qualidade no mundo. Em média, as vacas dessa raça rendem de 10 a 15 litros de leite por dia.
A raça zebuína brasileira também é considerada uma das mais que têm melhor saúde, sendo resistente a parasitas e raramente contraindo doenças.
O Gir Leiteiro é uma raça de origem indiana, que se adaptou muito bem às condições tropicais do Brasil. A genética aprimorada e a dedicação de criadores em melhorar a produtividade transformaram o Gir Leiteiro numa espécie de símbolo de eficiência e excelência.
Além da raça Gir Leiteiro, existem outras que produzem bastante leite pelo mundo. Veja algumas que estão entre as principais em escala internacional, sendo importante para a pecuária.
Holandesa (ou Holstein-Frísia): É a raça mais famosa e amplamente usada por pecuaristas na produção de leite em escala industrial. A Holandesa tem alto rendimento, com 30 a 40 litros por dia, mas pode ultrapassar os 50 litros em condições ideais de criação.
Originária da Europa, a Holandesa surgiu primitivamente entre a Frísia (norte dos Países Baixos) e o Holstein (Alemanha), há cerca de vinte séculos. Também é criada na Dinamarca, nos Açores e no Brasil. Seu leite tem teor de gordura entre 3% e 3,5%, contendo boa quantidade de proteína e sendo rico em caseína e aminoácidos essenciais. Ótimo para a produção de queijos e outros derivados.
Ayrshire: Originária da Escócia, tem boa produção, entre 20 a 25 litros diários. A Ayrshire foi exportada para os Estados Unidos a partir de 1822, principalmente para Connecticut e outras partes da Nova Inglaterra
A raça tem um tamanho médio e produz um leite comteor de gordura da manteiga de 4,13% e teor de proteína de 3,30% .
Jersey: Originária da Ilha de Jersey, essa raça é menor que a Holandesa, mas o leite é rico em gordura e proteínas. Rende bem na produção de queijos e manteiga. Produz em média entre 15 e 20 litros por dia.
A raça tem pequeno porte, adaptada tanto a regiões quentes como frias. O leite pode alcançar 6% de gordura, com bastante concentração de cálcio e vitamina A. Tem uma cor amarelada e é rico em caseína, esssencial para a produção de coalhada.
Pardo-Suíça: Conhecida pela rusticidade e adaptação a diferentes climas, essa raça é versátil e produz cerca de 20 a 30 litros por dia. Originalmente, rendia leite, carne e trabalho de tração. Mas atualmente é mais destinado à produção leiteira.
O leite desta raça tem um teor de gordura que varia entre 3,5% e 4,5%, proporcionando uma textura cremosa e sabor rico, tornando-o ideal para a produção de queijos e manteigas. Também é rico em proteína e caseína.
Guernsey: Menos comum, essa raça é muito apreciada em pequenas propriedades das ilhas de Guernsey, no Canal da Mancha, perto da costa da Normandia, na França. Essas ilhas são dependências da Coroa Britânica.
O Guernsey produz cerca de 15 a 20 litros de leite por dia, com alto teor de gordura, que pode chegar a 5,5%. Seu leite é rico em sabor e proteína , e tem uma coloração amarelo-dourada devido ao seu alto teor de ?-caroteno. Tem boa concentração de vitaminas A e D.