Até a tarde desta quarta-feira (30/10), os bombeiros seguem em busca dos soterrados sob os escombros do edifício, que operava como um hotel.
Villa Gesell é uma cidade litorânea que fica a cerca de 350 quilômetros a sudeste de Buenos Aires.
O local costuma ser um destino turístico popular, especialmente durante o verão, nos meses de janeiro e fevereiro.
Em entrevista à Rádio Mitre, de Buenos Aires, o chefe dos bombeiros da cidade, Hugo Piris, informou que havia entre sete e nove pessoas dormindo no prédio no momento do colapso.
De acordo com a mídia local, uma construção vizinha de menor altura também foi atingida pelos escombros.
Até esta quarta-feira (30/10), as causas do desabamento permanecem desconhecidas. Segundo relatos de moradores, o prédio estava passando por reformas.
Em comunicado, a Prefeitura de Villa Gesell informou que 'entre as pessoas soterradas estão trabalhadores de uma obra que ocorria de forma clandestina, sem atender às normas municipais e sem autorização oficial'.
No entanto, não foi especificado se o hotel estava em operação no momento do incidente.
A prefeitura acrescentou que já havia identificado e interrompido as obras que aconteciam no local em agosto deste ano.
'Neste momento, embora não seja possível detalhar com precisão as causas do desabamento, pode-se afirmar que na área colapsada (parte traseira) a estrutura estaria sendo modificada de forma ilegal e irregular', informou a prefeitura.
Segundo o chefe dos bombeiros, eles receberam uma ligação informando sobre o desabamento por volta de 1h da madrugada.
As buscas estão sendo realizadas por bombeiros voluntários municipais, além de equipes da região metropolitana de Buenos Aires e de províncias vizinhas, como a Brigada de Resgate de Mar del Plata.
Assim como esse na Argentina, desabamentos de edifícios já provocaram pânico e até mortes no Brasil; relembre 9 casos!
Edifício Palace II (Rio de Janeiro, 1998): O desabamento ocorreu em 25 de fevereiro de 1998, resultando na morte de 8 pessoas. O edifício foi construído em uma área considerada de risco, e o colapso foi atribuído a falhas na construção e à falta de manutenção.
Prédio residencial (Salvador, 2010): Três pessoas perderam a vida devido ao desabamento de um prédio de sete andares em construção que caiu sobre uma residência. A empresa responsável pela edificação não possuía o alvará necessário para realizar a obra.
Prédio residencial (RJ, 2010): Quatro pessoas morreram após um um prédio de três andares desabar na região central do RJ. Segundo testemunhas, a edificação apresentava rachaduras.
Edifício Real Classic (Belém, 2011): Um prédio residencial de alto padrão desabou em fevereiro de 2011, matando cinco pessoas em Belém (PA). O edifício estava em obras há mais de dois anos e teria 30 andares.
Edifício Liberdade (RJ, 2012): 22 pessoas morreram depois que dois prédios — um de 20 andares — e um sobrado desabaram no Centro do Rio no dia 25/1/12. Obras sem fiscalização foram apontadas como uma das causas da queda.
Prédio em São Mateus (SP, 2013): Um prédio em construção de dois andares desabou na avenida Mateo Bei, em São Mateus, resultando na morte de 10 operários. Além das fatalidades, pelo menos 26 pessoas ficaram feridas.
Prédio Wilton Paes de Almeida (SP, 2018): Ao menos sete pessoas morreram depois que um prédio de 24 andares pegou fogo e desabou no Largo do Paissandu, no Centro de SP. O motivo do incêndio teria sido um curto-circuito em uma tomada.
Prédio residencial (Fortaleza, 2019): O Edifício Andrea desabou em 15/10/19, deixando nove mortos e sete feridos. Segundo a Polícia Civil, a atuação de dois engenheiros e um pedreiro foram 'determinantes' para a queda do prédio.
Tragédia de Muzema (RJ, 2019): O desabamento de dois prédios que foram construídos em condições irregulares causou a morte de 24 pessoas na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio.