No Dia dos Mortos, o México recebe milhões de visitantes. Muitas se fantasiam aderindo à tradição e participam dos eventos.
As ruas são tomadas por pessoas fantasiadas de caveira, com muito colorido. O Dia dos Mortos no México é celebrado com alegria porque, na tradição mexicana, a morte não é vista como um fim trágico, mas como uma etapa natural da vida
Como se fosse um carnaval, as pessoas produzem alegorias e adereços para desfiles pelas vias principais.
Este feriado é a data mais importante do calendário nacional.
As crianças também participam da festa e aprendem desde cedo o significado da vida e da morte para a cultura regional.
A crença é que, no dia 2/11, as almas dos falecidos retornam ao mundo dos vivos para visitar suas famílias, e a recepção é feita com altares decorados com flores, comidas e objetos que a pessoa amava em vida. Dessa forma, a tristeza pela perda é substituída pela alegria do reencontro.
As pessoas mantêm as fotos dos mortos para que eles não sejam esquecidos . Assim, poderão visitar a família uma vez por ano, com autorização para transitar entre os dois mundos.
Essa tradição foi mostrada em 'Coco' (no Brasil, 'A Vida é uma Festa'), vencedora do Oscar de Melhor Filme de Animação de 2018.
Comidas típicas, música e dança fazem parte da celebração que, acredita-se, surgiu há mais de 3.000 anos, muito antes da chegada dos colonizadores espanhóis à região.
Nas ruas, ornamentações feitas com flores encantam na paisagem, em praças, parques, vias e escadarias.
A comemoração do ciclo da vida e da morte seria uma herança dos astecas, povos que faziam cerimônias exibindo crânios de parentes mortos. Com o tempo, a cerimônia ganhou elementos católicos, mas manteve a base que é a celebração dos ancestrais.
Muitas pessoas passam a noite ao lado dos túmulos dos parentes nos cemitérios, que se iluminam com velas e ficam decorados com flores e oferendas.
A Catrina é o símbolo maior da festa dos Mortos no México. Um símbolo conhecido internacionalmente.A figura foi criada pelo ilustrador e gravurista mexicano José Guadalupe Posada no início do século XX.
A Catrina representa uma mulher da alta sociedade, com ornamentos luxuosos, para disseminar a ideia de que as diferenças sociais não representam nada diante da morte.
A caveira é um símbolo importante da data. Doces com formatos de caveira são vendidos nas lojas. Na foto, caveiras de açúcar.
As padarias produzem o Pão do Morto - característico dos altares e oferendas, com formatos que variam.
Da mesma forma, enfeites em forma de esqueletos são souvenires comprados pelos visitantes como lembrança da data no México.
Fica o convite dos mexicanos aos turistas de todo o mundo. Que conheçam a sua cultura em que, apesar da saudade, o Dia dos Mortos é festivo e alegre, com a 'presença' dos que se foram nas casas, nas ruas, nas celebrações.