A missão principal de Ran era explorar a geleira Dotson, conhecida como 'geleira do Juízo Final', e coletar dados sobre o derretimento do gelo e seu impacto no aumento do nível do mar.
Durante 27 dias, o submarino mapeou a região subglacial, revelando uma paisagem complexa com formações nunca antes vistas, como picos, vales e formações semelhantes a dunas, indicando a presença de fluxos de água e a influência da rotação da Terra.
O desaparecimento de Ran é um mistério, mas as informações coletadas pelo submarino antes de perder contato são de grande valor para a comunidade científica, fornecendo dados cruciais para entender as mudanças climáticas e seus impactos no planeta.
O degelo na Antártida está deixando o alerta cada vez mais ligado em todo o mundo. Trilhões de toneladas de gelo derreteram nas plataformas protetoras da Antártida.
O Glaciar Thwaites está mais vulnerável ao degelo do que se pensava. Especialistas da Universidade da Califórnia usaram dados de radar do espaço para fazer uma espécie de raio-x da região.
De acordo com os estudos, a água do oceano está avançando quilômetros embaixo do glaciar, cujo poder de impacto no ambiente é tão grande que ele é chamado de 'geleira do Juízo Final'. Seu degelo pode causar um efeito catastrófico no planeta.
Esse glaciar é o maior do mundo — tem o tamanho do estado americano da Flórida — e também é o mais instável e vulnerável, justamente porque fica numa área em que uma inclinação faz com que as águas do mar causem um derretimento.
Essas plataformas encolheram pelo menos 30% desde 1997, de acordo com um estudo da revista Science Advances, em outubro. Elas servem como estabilizadores das geleiras, desacelerando o fluxo de degelo para o oceano.
O gelo derretido aumenta a preocupação dos cientistas quanto ao nível do mar, que pode ter um aumento significativo nas próximas décadas.
A Antártida é um locais mais incríveis do planeta. O Planalto Antártico Leste é considerado o lugar mais frio do mundo. Veja curiosidades dessa maravilha natural!
O registro foi na Estação Vostok, uma base científica russa. No entanto, também houve registro de - 93,2ºC, em agosto de 2010, mas feito por satélites de sensoriamento remoto.
Além de continente mais frio do mundo, a Antártida também é o mais seco. As chuvas são tão raras que o continente é conhecido como 'deserto polar'. A Antártida rodeia o Polo Sul.
O local é também o que tem os ventos mais fortes e frios do mundo. Já foram registrados ventos com mais de 320 km/h, ou seja, mais intensos do que um furacão.
A Antártida não tem habitantes nativos. Tem apenas pesquisadores que se estabelecem no local para estudos sobre o meio ambiente e a fauna.
São pesquisadores de diversas origens. Entre elas, Estados Unidos, África do Sul, Polônia, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, China, Rússia e Brasil.
Os cientistas estudam a vida no local, além da geografia e do clima. O continente é considerado o ideal, inclusive, para estudar Astronomia. Afinal, quase não há chuva e não existe poluição ou avião no céu.
O turismo na Antártida vem crescendo devido à curiosidade sobre o continente gelado e o avanço da tecnologia. Empresas de navios fazem pacotes para cruzeiros até lá.
Afinal, o navio é a maneira possível de ver a Antártida tendo onde ficar, já que, fora da embarcação, não há hospedagem para visitantes.
O principal acesso é pela cidade argentina de Ushuaia, capital da província da Terra do Fogo, Antártida e Ilhas do Atlântico Sul.
Ushuaia é a cidade mais austral do mundo, ou seja, mais ao Sul. Ainda assim, são cerca de 1.000 km da Antártida.
Curiosamente, não há ursos polares na Antártida, embora muitas pessoas façam confusão sobre isso. Este animal vive no Círculo Polar Ártico.
No verão de 2020, a Antártida registrou uma temperatura recorde de 18,3ºC. O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas afirmou que o continente está derretendo numa velocidade seis vezes maior do que há 40 anos.