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Sobrevivência: família ficou 38 dias à deriva no Pacífico


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arquivo pessoal

A história impressionante foi contada em um episódio da terceira temporada do podcast Que História!, da BBC News Brasil, e o FLIPAR te conta tudo!

reprodução

A família planejou por quase 3 anos dar a volta ao mundo em um veleiro e chegaram a vender uma fazenda que tinham cidade inglesa de Leek para comprar Lucette, uma escuna de 13 metros de comprimento.

wikimedia commons The footpath to Leek by Malcolm Neal

Embarcaram na viagem: Douglas, Lyn, os filhos Anne, de 19 anos, Douglas, 18, e os gêmeos Sandy e Neil, de 10. Eles saíram no dia 27 de janeiro de 1971, de Falmouth, na Cornualha.

wikimedia commons EvaK

A família passou 18 meses viajando, tendo cruzado vários portos do Caribe e Bahamas. Lá, Anna conheceu um homem e decidiu ficar — mal sabia ela que se livraria de um pesadelo.

Balou46 - Wikimédia Commons

Depois, a família passou pela Jamaica, canal do Panamá, Galápagos, e fizeram uma travessia de 45 dias pelo Pacífico até as Ilhas Marquesas, na Polinésia Francesa.

Flickr Stephan Debelle

Tudo começou a dar errado na manhã de 15 de junho de 1972 quando, a 320 km a oeste das Ilhas Galápagos, o veleiro foi atacado por um grupo de orcas.

Domínio Público - Wikimédia Commons

Em poucos minutos, Lucette tinha afundado por completo. Em um bote salva-vidas de 2 metros, a família conseguiu pegar um saco de cebolas, uma faca, uma lata de biscoitos, 10 laranjas, seis limões, foguetes de sinalização, anzóis e um diário de bordo.

arquivo pessoal

O pesadelo ficou ainda maior quando a família percebeu que eles sequer tinham uma bússola ou qualquer aparelho de navegação.

PDPics por Pixabay

Depois de muito perrengue tendo que comer carne crua de tartaruga e peixes-dourado, eles conseguiram ser resgatados por um barco pesqueiro japonês, no dia 23 de julho de 1972, após 38 dias perdidos no mar.

arquivo pessoal

Alguns anos depois, Douglas lançou o livro 'A Última Viagem da Lucette', em que conta detalhadamente a história do naufrágio.

arquivo pessoal

Em 2023, a história de sobrevivência de Tim Shaddock, um marinheiro australiano de 51 anos, chamou a atenção na internet. Ele foi resgatado depois de ficar por mais de dois meses à deriva no Oceano Pacífico.

reprodução youtube 9 news australia

O homem sobreviveu bebendo água da chuva e comendo peixe cru. Ele estava acompanhado por sua cadela Bella.

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Segundo o sobrevivente, uma tempestade teria danificado o sistema eletrônico do barco, que falhou, deixando o marinheiro e a cadela isolados no meio do oceano. Ele foi resgatado por um helicóptero que acompanhava uma traineira de atum.

Reprodução de vídeo do site Envato Elements

Em 2012, outra história, a de José Salvador Alvarenga, chocou o mundo. Ele ficou 438 dias perdido no oceano e conseguiu sobreviver!

Youtube Canal Eliezer Tymniak

O homem havia saído de Costa Azul, em Chiapas, no México, com um bote para pescar. Ele estava acompanhado do amigo Ezequiel Córdoba.

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A ideia era passar 30 horas pescando e depois voltar ao vilarejo. O barco tinha 7 metros de comprimento, um motor de popa e um refrigerador para armazenar os peixes.

reprodução YouTube

A dupla foi pega por uma tempestade e eles começaram a retirar tudo do barco, para facilitar o retorno. Eles tiveram que se desfazer até mesmo dos peixes que haviam pescacdo.

Yotube Canal Eliezer Tymniak

No dia seguinte, já sem tempestade, a situação piorou: o motor do barco parou de funcionar, o rádio queimou e os amigos ficaram à deriva.

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Após 5 dias, a estimativa é de que o barco já estivesse a 450 km da costa. Como o barco era pequeno, não havia possibilidade de ser avistado por um avião ou por um helicóptero.

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Após quatro meses, o amigo, Ezequiel, perdeu as esperanças e começou a ter pensamentos suicidas. Além disso, ele ficou doente por causa da comida crua e não comeu mais nada. Morreu de inanição.

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Finalmente, em janeiro de 2014, José viu cocos flutuando na água e percebeu que havia terra no horizonte. Eram as Ilhas Marshall, na Micronésia.

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O homem precisou ficar 11 dias internado, com pressão baixa e problemas nos tornozelos. Especialistas estimam que José tenha percorrido cerca de 10 mil quilômetros pelo mar.

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José chegou a ser processado pela família de Ezequiel, que alegou que ele teria matado o amigo para praticar canibalismo. Por falta de testemunhas, ele foi submetido a um polígrafo (detector de mentiras) e passou ileso.

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A história de José foi registrada oficialmente no Livro dos Recordes como a pessoa que por mais tempo ficou à deriva no oceano.

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