â??Normal, iguala a castanha que a gente compra no mercado mesmo. Só é oleosaâ?, declarou Tarissio após experimentar o alimento. Porém, em seguida a influenciadora sentiu uma queimação na boca e a lÃngua dormente, sintomas que a levaram ao pronto-socorro, onde recebeu uma injeção de anti-inflamatório.
Mais tarde, Samara Taríssio fez um novo vídeo para explicar o ocorrido. “A castanha de caju crua solta um óleo, tipo um leito, que queima. Eu não sabia e comi”, declarou.
A castanha de caju é uma oleaginosa que possui urushiol, toxina que pode provocar queimaduras, inflamações e outras reações orgânicas até mais graves. Para venda nos mercados, o alimento é submetido a um processo de aquecimento que anula a toxina.
O caju é um 'fruto' emblemático do Brasil e sempre gerou dúvidas acerca de sua natureza. Afinal, o caju é mesmo uma fruta?
'Meu caju, meu cajueiro; Pede um cheiro que eu dou; O puro suco do fruto do meu amor'. O fruto chegou a ser samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel no Carnaval 2024 no Rio de Janeiro.
Mas, embora o que comemos seja o pedúnculo floral — um pseudofruto —, o verdadeiro fruto é a castanha de caju, da qual se extrai a amêndoa.
Em 2024, a produção brasileira de castanha deve atingir, aliás, 132.700 toneladas. Um aumento significativo em relação ao ano anterior, com exportações voltadas principalmente para os Estados Unidos, Chile e Argentina.
Saiba um pouco mais, então, sobre o caju, essencial para a economia brasileira e cheia de propriedades nutritivas.
Os estados que se destacam na produção de caju são Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, que juntos respondem por incríveis 95% da produção nacional.
Esses locais aproveitam as condições climáticas favoráveis para o cultivo do cajueiro.
A produção de caju não só gera emprego e renda, mas também contribui para a segurança alimentar das comunidades locais.
Sua cadeia produtiva é complexa e envolve diversas etapas, desde o cultivo até a industrialização e comercialização. Ele é utilizado na produção de sucos, doces, licores, óleos e até mesmo papel.
A castanha de caju, rica em gorduras saudáveis e proteínas, é um produto com grande valor de mercado e desempenha um papel importante na balança comercial brasileira.
A produção de caju também promove a diversificação da agricultura, permitindo que os agricultores reduzam a dependência de culturas únicas e minimizem os riscos associados a flutuações de preços.
Apesar dos desafios, como a falta de tecnologia e baixa produtividade, o potencial de crescimento é promissor.
Nutricionalmente, o caju é uma fruta poderosa, rica em vitamina C, antioxidantes e minerais essenciais, que fortalece o sistema imunológico e ajuda na prevenção de doenças.
É uma fonte de gorduras boas, que auxiliam na redução do colesterol ruim e no fortalecimento do coração.
Além disso, a presença de triptofano na castanha contribui para o aumento da serotonina, promovendo uma sensação de bem-estar.
Apesar dos benefícios, a cajucultura enfrenta desafios como a falta de tecnologia e a baixa mecanização, o que impacta a produtividade. As variações de preços no mercado e as perdas pós-colheita também são preocupações.
No entanto, oportunidades como a transformação do caju em produtos com maior valor agregado e a adoção de práticas sustentáveis podem impulsionar o setor.
O treinamento de produtores e o aprimoramento das técnicas de manejo são essenciais para a modernização da cajucultura.
Além de tudo isso, o caju também um elemento cultural significativo no Brasil, visto que é profundamente ligado à cultura indígena. As comunidades nativas utilizavam o caju não apenas como alimento, mas também em rituais e tradições.
Presente em diversas receitas tradicionais, como bolos e bebidas, o caju simboliza a identidade regional e está enraizado nas festividades e manifestações culturais do Nordeste.
O desenvolvimento sustentável da cajucultura, com foco na tecnologia e na valorização dos produtos, poderá aumentar ainda mais os benefícios sociais e econômicos que esta fruta proporciona.
Assim, ao consumir caju, os brasileiros não apenas nutrem seus corpos, mas também contribuem para a valorização de sua cultura e o desenvolvimento de suas comunidades.