Isso vale para casos de doença contagiosa e também para pessoas que ficaram impossibilitadas de chegar para a prova por motivos alheios à sua responsabilidade, como falta de luz no local do exame.
A estudante Gabriela Dalvi, de 17 anos, não conseguiu fazer a prova porque ficou presa no elevador do prédio. Ela tinha saído ao lado do pai para ir ao local do exame - uma escola a 5 minutos de casa - e os dois permaneceram por 40 minutos no elevador.
Gabriela pode tentar fazer a segunda chamada,mas já disse que, se não conseguir, continuará a estudar para fazer o exame ano que vem. Ela mora em Linhares, no Espírito Santo.
Para pedir acesso à segunda chamada, o candidato deve entrar na Página do Participante e inserir login e senha. Se a justificativa for relacionada a problemas de saúde, será preciso anexar documentos comprobatórios (como exames e atestados médicos).
Já nos casos de falhas logísticas, o próprio Inep irá analisar a situação do local de prova em que o participante estava inscrito para verificar se houve o problema.
Vale ressaltar que quem deixou o local da prova, alegando se sentir mal, antes do horário previsto, não terá direito à segunda chamada. O candidato, neste caso, é eliminado.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) informou que 73,4% dos 4,5 milhões de estudantes inscritos fizeram a primeira etapa do Enem no dia 3/11 em todo o Brasil. A abstenção foi de 26,6%.
No primeiro dia, foram aplicadas as provas de linguagens (português e inglês/espanhol), ciências humanas e redação. Na segunda fase, no dia 10/11, haverá questões de matemática e ciências da natureza.
O ano de 2024 marca os 26 anos do Enem. O exame nacional do ensino médio começou a ser aplicado em 1998.
O Enem foi criado pelo governo federal, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A meta era ter uma avaliação da educação básica do território nacional.
Outro objetivo era mapear o cenário da educação e, a partir desses dados, planejar políticas públicas para uma melhor evolução na área.
O Enem foi realizado pela primeira vez em 20 de agosto de 1998. Na ocasião, o concurso foram 157,2 mil inscritos. Mas nem todos compareceram.
Ao todo, 115,6 mil candidatos fizeram as provas. Em 1998, apenas 9% dos participantes eram candidatos que estudavam em escolas públicas.
A prova teve redação e 63 questões objetivas estiveram no plano do primeiro exame em 1998. Com o tempo de quatro horas para a resolução da prova.
Em 1999, o número de instituições de ensino superior que utilizam as notas do Enem saltou de 2 para 93 a partir do segundo ano de aplicação do exame.
Em 2001 outra novidade: as inscrições começam a ser feitas pela internet, o que facilitou a adesão dos candidatos.
O ano de 2004 marca outra mudança: as notas do Enem passam a ser válidas no ProUni (Programa Universidade para Todos), criado para conceder bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior a estudantes de baixa renda.
Em 2006, o Enem soma 3,7 milhões de inscritos e 2,8 milhões de participantes. Ao todo, 500 universidades passam a validar o resultado da prova como critério de seleção.
Uma mudança acontece em 2009, quando o exame passa a ter quatro provas objetivas. Ao todo, foram 45 questões e a redação. A prova também é dividida em dois dias: sábado e domingo.
Em 2010, o Sisu passa a aceitar a nota do Enem no seu programa de seleção. O Sistema de Seleção Unificada é uma plataforma do governo brasileiro que permite aos estudantes concorrer a vagas em universidades públicas de todo o país usando a nota do Enem.
No mesmo ano, o Inep começa a fazer uma coleta de dados a respeito de deficiência ou condição específica dos participantes do Enem.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação. Fundado em 1937, o Inep é responsável por desenvolver, aplicar e analisar avaliações e pesquisas educacionais que fornecem dados importantes para a formulação de políticas públicas.
Há 11 anos, em 2013, quase todas as instituições federais de ensino superior passam a usar o Enem como porta de entrada, elevando ainda mais a relevância do concurso.
Em 2015, as notas do Enem viram critério para o financiamento do Fies. O Fundo de Financiamento Estudantil é um programa do governo brasileiro que oferece financiamento a juros baixos para estudantes cursarem o ensino superior em instituições privadas.
A partir de 2017, o Enem passa a ser realizado em dois domingos consecutivos. A Redação é feita no primeiro dia. É assim até hoje.
Quando completou 20 anos, o Enem trouxe novidades. Em 2018, os participantes passaram a ter 30 minutos a mais de duração no segundo dia do exame.
A versão digital do Enem começou a ser aplicada em 2020, e prosseguiu nos anos de 2021 e 2022. Mas depois parou.
O Ministério da Educação e o Inep decidiram suspender o Enem Digital. O motivo está relacionado aos altos custos e à baixa adesão.