O caso ocorreu em Sobradinho (RS) e foi compartilhado nas redes sociais pelo pai do jovem.
O Inep afirmou que 'permitiu o uso do dispositivo de glicemia para inscritos que informaram a condição no ato da inscrição', afirmando que o objeto deveria ficar 'dentro do envelope porta-objetos para uso pelo participante nos momentos necessários”.
O instituto também informou que participantes que se sentiram prejudicados podem solicitar a reaplicação da prova, marcada para 10 e 11 de dezembro.
Quem perdeu a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio, em 3/11, por causa de algum problema imprevisível e justificável, pode se inscrever entre os dias 11 e 15 de novembro para uma segunda chamada.
Isso vale para casos de doença contagiosa e também para pessoas que ficaram impossibilitadas de chegar para a prova por motivos alheios à sua responsabilidade, como falta de luz no local do exame.
Uma estudante de 17 anos de Linhares (ES) não conseguiu fazer a prova porque ficou presa no elevador do prédio. Ela tinha saído ao lado do pai para ir ao local do exame — uma escola a 5 minutos de casa — e os dois permaneceram por 40 minutos no elevador.
Para pedir acesso à segunda chamada, o candidato deve entrar na Página do Participante e inserir login e senha. Se a justificativa for relacionada a problemas de saúde, será preciso anexar documentos comprobatórios (como exames e atestados médicos).
Já nos casos de falhas logísticas, o Inep irá analisar a situação do local de prova em que o participante estava inscrito para verificar se houve o problema.
Vale ressaltar que quem deixou o local da prova antes do horário previsto, alegando se sentir mal, não terá direito à segunda chamada. O candidato, neste caso, é eliminado.
Segundo o Inep, 73,4% dos 4,5 milhões de estudantes inscritos fizeram a primeira etapa do Enem no dia 3/11 em todo o Brasil. A abstenção foi de 26,6%.
No primeiro dia, foram aplicadas as provas de linguagens (português e inglês/espanhol), ciências humanas e redação. Na segunda fase, no dia 10/11, haverá questões de matemática e ciências da natureza.
O ano de 2024 marca os 26 anos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começou a ser aplicado em 1998. Na ocasião, foram 157,2 mil inscritos.
O Enem foi criado pelo governo federal, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A meta era ter uma avaliação da educação básica do território nacional.
Outro objetivo era mapear o cenário da educação e, a partir desses dados, planejar políticas públicas para uma melhor evolução na área.
Em 1998, apenas 9% dos participantes eram candidatos que estudavam em escolas públicas. A prova teve redação e 63 questões objetivas, com o tempo de quatro horas para a resolução.
Em 1999, o número de instituições de ensino superior que utilizam as notas do Enem saltou de 2 para 93.
Em 2001, outra novidade: as inscrições começaram a ser feitas pela internet, o que facilitou a adesão dos candidatos.
O ano de 2004 marca outra mudança: as notas do Enem passam a ser válidas no ProUni (Programa Universidade para Todos), criado para conceder bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior a estudantes de baixa renda.
Em 2006, o Enem somou 3,7 milhões de inscritos e 2,8 milhões de participantes. Ao todo, 500 universidades passaram a validar o resultado da prova como critério de seleção.
Em 2009, o exame passou a ser dividido em dois dias: sábado e domingo, com 90 questões no total mais a redação.
Em 2010, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) passa a aceitar a nota do Enem no seu programa de seleção — a plataforma do governo permite aos estudantes concorrer a vagas em universidades públicas de todo o país usando a nota do Enem.
Há 11 anos, em 2013, quase todas as instituições federais de ensino superior passaram a usar o Enem como porta de entrada, elevando ainda mais a relevância do exame.
Em 2015, as notas do Enem viraram critério para o financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do governo brasileiro que oferece financiamento a juros baixos para estudantes cursarem o ensino superior em instituições privadas.
A partir de 2017, o Enem passou a ser realizado em dois domingos consecutivos. Quando completou 20 anos, em 2018, os participantes passaram a ter 30 minutos a mais no segundo dia do exame.