Corey não alcançou grande popularidade como Chan ou outros astros de artes marciais no telão, mas é muito respeitado no meio. E a notícia de sua morte sensibilizou o meio das lutas no cinema.

Um dos filmes em que Corey atuou foi em 'Dragon Lord' , escrito e dirigido por Jackie Chan em 1982. A morte de Corey Yuen causou surpresa.

Foi Jackie quem divulgou a morte de Yuen , depois confirmada pela Federação de Artes Marciais. Cham disse que sentirá saudades para sempre do companheiro de jornada no mundo das artes marciais.

A morte de Yuen foi confirmada no dia 12/8/2024 , embora tenha acontecido dois anos antes, durante a pandemia. Ele foi ator, diretor e coordenador de dublês. Corey Yuen tinha 71 anos e teve Covid-19. Ele é reconhecido pelo trabalho em filmes como 'Matrix' e 'O Corvo', onde uniu fluidez e precisão às cenas de combate.

Seu estilo inovador influenciou muitos filmes de ação, estabelecendo novos padrões para a coreografia de lutas e sendo uma inspiração para futuros coreógrafos e diretores. Conheça, então, outros grandes nomes que levaram as artes marciais para o cinema , popularizaram a luta que mistura defesa e disciplina, e já morreram.

Yuen Biao, um dos “Três Irmãos” do cinema de artes marciais, ganhou fama ao lado de Jackie Chan durante a era de ouro do Kung Fu e também em filmes marcantes da era pós-Shaw Bros. Com um atletismo impressionante e posturas firmes, Yuen Biao se destacou nos anos 80, provando que os protagonistas nem sempre são os melhores lutadores. Filmes como 'O Filho Pródigo', 'Detonando em Barcelona' e 'Dreadnought' evidenciam seu talento e contribuição para o gênero de Kung Fu Clássico.

Shô Kosugi, conhecido também como Shonichi Kosugi, ganhou destaque ao interpretar o antagonista em 'Ninja: A Máquina Assassina' (1980), o primeiro filme de ninjas da Cannon Group. Ele rapidamente se tornou a imagem ocidental dos ninjas e o ícone da Ninja-Mania. Kosugi, além de atuar, é diretor, roteirista e mestre em várias artes marciais, incluindo Karatê, Kendo, Judô, Iaidô e Tae Kwon Do. Ele participou ativamente na produção e coreografia dos três filmes da Trilogia Ninja ('Ninja: A Máquina A

O indonésio Iko Uwais começou sua carreira no cinema de artes marciais em seu país natal, rapidamente se destacando por suas habilidades excepcionais e atuação de qualidade. Seu papel em 'Operação Invasão' foi um marco, revolucionando o subgênero dos filmes de artes marciais na última década. Desde então, Iko tem se destacado em filmes que misturam artes marciais, drama policial e violência extrema, consolidando-se como uma das principais estrelas atuais do gênero.

Se Akira Kurosawa é o grande diretor dos filmes de samurai, o ator Toshiro Mifune é seu equivalente no século 20. Mifune se tornou sinônimo da imagem cinematográfica do samurai, destacando-se tanto na ação quanto no drama. Com uma habilidade notável no manejo da espada, o ator se tornou um mestre do Chambara (o gênero de filmes de samurai no Japão) e conquistou plateias ao redor do mundo com suas atuações intensas. Ele é, sem dúvida, o samurai primordial do cinema.

Embora Lau Kar-Leung tenha atuado em muitos filmes, geralmente como vilão, sua contribuição para o cinema de artes marciais é imensa e duradoura. Nos bastidores, como coreógrafo e roteirista na Shaw Bros, Leung transformou cada filme de ação em um clássico, influenciando cineastas como Quentin Tarantino e elevando os filmes de Kung Fu no Ocidente. Mestre do estilo Hung Gar, Leung moldou muitas produções icônicas da Shaw nos anos 70 e 80, sendo uma lenda frequentemente subestimada das artes marc

Sonny Chiba é um dos maiores atores do Japão e desempenhou um papel crucial no sucesso dos filmes de artes marciais asiáticos no Ocidente, assim como o estúdio Shaw Bros em Hong Kong. Mestre em várias artes marciais, Chiba atuou em mais de 200 produções e redefiniu o status das artes marciais na TV e no cinema japonês.

Ele fundou o JAC (Japanese Action Club), que revelou grandes talentos como Hiroyuki Sanada e Kenji Oba. Sua influência na cultura pop perdura, com diretores como Quentin Tarantino se inspirando em seus filmes.

Chuck Norris, o 'indestrutível', é faixa preta em Tang Soo Do, Judô e Jiu-Jitsu Brasileiro. Iniciou sua trajetória marcial enquanto servia na Força Aérea dos EUA durante a Guerra da Coreia. Após retornar, tornou-se campeão de Karatê, ajudando a distinguir os diferentes estilos de combate para os americanos. Em 1969, conquistou a Coroa Tripla de Karatê por vencer o maior número de torneios.

A revista Black Belt lhe concedeu prêmios como ‘Lutador do Ano’ (1968) e ‘Instrutor do Ano’ (1975). Chuck também treinou brevemente com Bruce Lee, atuando com ele em 'O Voo do Dragão'. Nos anos 70 e 80, foi um ícone dos filmes de ação, especialmente nas produções da Cannon Group.

Se Lau Kar-Leung era o mestre por trás das câmeras nos filmes da Shaw Bros nos anos 70 e 80, Gordon Liu era o ator que personificava os protagonistas. Excelente artista marcial, Liu transformou o estilo de atuação, afastando-se das interpretações carrancudas e caricatas para algo mais natural e humano. Sua habilidade no Hung Gar e sua criatividade na coreografia, em colaboração com Lau Kar-Leung, ajudaram a moldar sua imagem como ícone da cultura pop asiática e americana na segunda metade dos an

Mark Dacascos é talvez o lutador mais versátil da lista, destacando-se tanto na atuação quanto no conhecimento de artes marciais. Inicialmente, ele teve papéis secundários ou como vilão em produções menores. No entanto, sua descoberta trouxe um novo fôlego à Era-Kickboxer (1988-1996), elevando o padrão das coreografias que estavam se tornando obsoletas e frequentemente lembrando os filmes de ação de Hong Kong dos anos 80.

Com um vasto conhecimento em artes marciais e uma habilidade dramática notável, Dacascos brilhou em 'Only The Strong' (Esporte Sangrento), que popularizou a capoeira globalmente. Campeão de Karatê e Kung Fu, ele continua a impressionar em filmes como 'Drive', 'O Combate: Lágrimas do Guerreiro', 'Sabotagem' e 'John Wick 3'.

Michelle Yeoh, que ajudou a lançar o movimento 'Girls With Guns' ao lado de Cynthia Rothrock, é uma atriz, bailarina e artista marcial nascida na Malásia. Ela ganhou notoriedade no cinema de Hong Kong com papéis de destaque, como em 'Yes Madam!' (1985). Michelle não só atuava em alto nível, mas também realizava suas próprias cenas de ação, utilizando dublês apenas em situações extremas, como os 'Hijacks' (pular de um carro em movimento para outro).

Além de sua beleza impressionante - ela foi Miss Malásia - Michelle combina habilidades dramáticas e luta excepcionais. Ela trabalhou com Jackie Chan, Jet Li e Donnie Yen, e foi uma Bond Girl em '007: O Amanhã Nunca Morre'. É memorável por seu papel como Yu Shu Lien em 'O Tigre e o Dragão'.

Scott Adkins é o melhor ator de artes marciais da atualidade. Desde 2001, ele tem se destacado no gênero, colaborando com grandes nomes como Jackie Chan, Jet Li e Jean-Claude Van Damme, além de diretores renomados como Corey Yuen e Yuen Woo-Ping. Seu trabalho em 'O Lutador/Imbatível 3: Redenção' como Yuri Boyka e em 'Ninja' e 'Ninja 2: A Vingança' revitalizou o subgênero de artes marciais no cinema.

Adkins se tornou uma figura central no cinema de ação, comparável a Jean-Claude Van Damme em seu auge, mas em um cenário mais globalizado. Recentemente, ele lançou o podcast 'Art of Action' no YouTube, onde entrevista grandes e pequenos nomes das artes marciais.

Donnie Yen é um gigante das artes marciais. Com mais de quarenta anos de experiência, Yen se destacou não apenas no cinema, mas também como artista marcial. Ele ganhou notoriedade no Ocidente mais tarde do que deveria, mas seu impacto é inegável.

Conhecido por interpretar figuras históricas e mitológicas chinesas, Donnie Yen demonstra profundo respeito por suas tradições. Continuando sua carreira como ator, diretor e coreógrafo, ele também está escalado para 'John Wick 4'. E ganha um spin-off para o seu personagem na franquia. Reconhecido por sua técnica de luta afiada, Yen é admirado por colegas no cinema de artes marciais.

Yen foi pioneiro ao integrar o MMA com outras modalidades em filmes de Hong Kong. Após 'Flash Point', ele revitalizou as produções de Hong Kong, trazendo um frescor que lembrava o estilo do cineasta John Woo.

O mais velho dos 'Três Irmãos', Sammo Hung, é uma lenda das artes marciais. Com um Kung Fu excepcional, ele provou que peso não define a habilidade em combate. Sua combinação de humor e técnica nas lutas cativou audiências globalmente, destacando seu profundo conhecimento em artes marciais. Hung dirigiu muitos dos filmes de Jackie Chan nos anos 80, trazendo uma famosa mistura de ação e comédia.

Como coreógrafo e diretor, ele inovou no uso de dublês, introduzindo novos truques que elevaram o nível das cenas de ação. O sucesso de Jackie Chan tem uma parte importante atribuída a Sammo Hung.

Jet Li é um ator que realmente quebrou barreiras no cinema de artes marciais. Multi-campeão de Wushu e considerado um 'Tesouro Nacional' pela China, começou jovem e se tornou um ícone do “Wire Fu” — uma forma de Kung Fu com cabos que não é tão exagerada quanto os filmes WuXia. Seus filmes chineses alcançaram enorme sucesso global, com Li interpretando heróis do folclore chinês como Wong Fei Hung e Fong Sai Yuk.

A trilogia 'Templo de Shaolin' é uma referência essencial no cinema de artes marciais. No Ocidente, sua carreira deslanchou no final dos anos 90, destacando-se por sua velocidade e precisão. Junto a Donnie Yen e Jackie Chan, Li é um dos atores asiáticos mais renomados mundialmente.

Cynthia Rothrock é a atriz de artes marciais mais famosa de todos os tempos, conhecida como “Lady Dragon”. Americana de destaque no cinema de artes marciais, Rothrock dividiu o protagonismo em 'Justiça em Dose Dupla' com Michelle Yeoh, marcando o início do subgênero 'Girls With Guns'. Antes de ganhar reconhecimento no Ocidente, ela estrelou diversos filmes de sucesso em Hong Kong.

Atualmente, Cynthia se dedica ao ensino de artes marciais e realiza workshops regularmente. Para detalhes adicionais sobre sua carreira, confira nossa matéria especial.

Tony Jaa ocupa um lugar de destaque nesta lista por um motivo sólido. Após a Era Kickboxer, o cinema de artes marciais estava em declínio, com produções de baixo orçamento e qualidade duvidosa. Até mesmo filmes de estrelas como Jackie Chan e Jet Li não conseguiam sustentar o sucesso, com o Ocidente ainda relutante em aceitar o cinema asiático. A chegada de 'Ong Bak: Guerreiro Sagrado' em 2003 revitalizou o gênero, trazendo uma nova perspectiva ao cinema de artes marciais.

Tony Jaa, assim como seu ídolo Jackie Chan, realiza suas próprias cenas e criou coreografias inovadoras com novos ângulos de câmera e violência visceral. Seu impacto é visível em filmes modernos como 'John Wick' e 'Operação Invasão', com a influência de 'Ong Bak' moldando a era atual dos filmes de ação.

Após o sucesso fenomenal de Bruce Lee, Jean-Claude Van Damme se destacou como o principal astro da Era-Kickboxer. Com 'O Grande Dragão Branco', ele marcou o início dessa era, tornando-se uma figura central e amplamente reconhecida. Seus filmes eram sucessos constantes, amplamente divulgados e discutidos na mídia. Nos anos 90, Van Damme se tornou o ator mais bem pago de Hollywood, inspirando uma geração com seus golpes impressionantes e físico atlético.

Seu impacto era tão grande que sua influência se espalhou para várias produções tipo B. Contudo, sua carreira sofreu um declínio devido a excessos pessoais, o que também sinalizou o fim da Era-Kickboxer. A influência de Van Damme só foi superada com o ressurgimento do gênero por Tony Jaa com 'Ong Bak'.

Antes de Bruce Lee, os filmes de artes marciais eram restritos ao sudeste asiático e pouco conhecidos no Ocidente. Bruce revolucionou o gênero ao criar o Jeet Kune Do, uma arte marcial focada em máxima eficiência, força e velocidade, atacando antes que o adversário pudesse reagir. O que o torna o maior artista marcial do cinema é sua contribuição incomparável: os conceitos de coreografia, ângulos de câmera e expressões em filmes de artes marciais foram todos moldados por seus trabalhos.

Estúdios como Shaw Bros e Golden Harvest só ganharam notoriedade após seu sucesso. Com apenas quatro filmes completos e alguns inacabados, Bruce Lee estabeleceu um padrão eterno para o gênero, tornando-se uma lenda cuja influência transcende o cinema e a cultura pop.