Após análise minuciosa da espada , eles concluíram que trata-se de uma wakisahi - modelo que foi reservado para samurais, que desfrutavam de status na sociedade japonesa séculos atrás.
A análise demonstrou que a espada deve ser do período Edo (1603 a 1868). A principal hipótese é de que tenha sido levada para a Alemanha por volta de 1800 como parte de uma missão diplomática.
Em 24 de abril, diversas cidades e estados pelo Brasil comemoraram o Dia do Samurai. Foi nessa data que nasceu o Sensei Jorge Kishikawa, expoente da introdução do kobudo, ou Koryu Budo (artes samurais tradicionais), no Brasil.
O Brasil é o país que possui a maior comunidade nipônica fora do Japão. Em 1908, deu-se o marco da imigração japonesa no país, com a chegada do navio Kasato Maru ao porto de Santos, no litoral de São Paulo.
Entre os séculos X e XIX, os samurais formaram uma classe de guerreiros de elite do exército japonês.
Antes de assumir funções militares, os samurais eram servidores do império japonês com funções diversas, como a coleta de impostos e administração de terras.
Durante o Japão feudal, os samurais se tornaram um corpo militar essencial para as forças japonesas.
A palavra “samurai” deriva do verbo “samurau”, que significa servir. Com o tempo, o termo passou a designar a classe que servia a corte imperial japonesa.
No período medieval, os samurais eram treinados quando ainda crianças, desde os dez anos, munidos de arco e espada.
Os samurais deviam seguir o código de honra Bushido, um conjunto de normas de conduta e vida para um guerreiro.
O Bushido, frequentemente traduzido como “o caminho do guerreiro”, impactou de forma profunda a cultura japonesa.
Sete princípios norteiam o Bushido: benevolência, coragem, lealdade, honra, honestidade, respeito e retidão.
De 1185 até meados do século XIX, os samurais formaram a classe dominante no Japão e diferiam dos cavaleiros europeus justamente pelo rígido código de honra e o modo de lidar com a vida.
A noção de honra e ancestralidade fez dos samurais figuras muito influentes no pensamento e no agir dos japoneses.
Nas batalhas, quando derrotados os samurais cometiam o haraquiri, ou seppuku, um ritual de suicídio em que rasgavam o ventre com uma faca de forma lenta e dolorosa.
Durante o chamado xogunato, longo período em que os chefes militares ocuparam o poder, os samurais preenchiam altos postos e gozavam de grande prestígio social no Japão.
Como classe social, os samurais perderam força durante a chamada Restauração Meiji. Liderada pelo imperador de mesmo nome, ela sucedeu o governo dos militares e introduziu uma série de medidas contra símbolos do xogunato.
A cultura samurai já foi tema de filmes célebres. Um deles é “Os Sete Samurais”, de Akira Kurosawa, um dos mais importantes e influentes diretores da história do cinema japonês.
O astro hollywoodiano Tom Cruise protagonizou “O Último Samurai” (2003), que recebeu quatro indicações ao Oscar. No enredo, um veterano de guerra norte-americano testemunha a bravura de um exército samurai.
O livro “Bushido - Alma de Samurai”, que teve sua primeira edição publicada em 1900, exerceu grande impacto à época ao explicar para o público estrangeiro a influência dos samurais na sociedade japonesa.
Escrito em inglês por Inazo Nitobe, um economista e educador pertencente a uma família de samurais, o livro fala da importância do senso de justiça e coragem para os guerreiros de elite japoneses.
A influência cultural dos samurais no Japão também se manifesta nos esportes. A seleção masculina de futebol do país é apelidada de “Os Samurais Azuis” e a de beisebol “Samurai Japan”.