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Afrescos raros de Tarsila do Amaral vão a leilão em São Paulo


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Reprodução/Instagram

A modernista Tarsila do Amaral produziu as obras, ambas naturezas-mortas, nas paredes da sala de jantar da fazenda Santa Tereza do Alto, na cidade de Itupeva, no interior paulista. De acordo com o jornalista e crítico de arte Silas Martí, da Folha de S.Paulo, o herdeiro da fazenda decidiu fazer a retirada das peças e colocá-las à venda no mercado de arte.

Domínio Público/Wikimedia Commons

Uma das maiores artistas plásticas do Brasil, Tarsila do Amaral é tema de uma exposição em Paris, na França.

Domínio público

Uma retrospectiva no Museu de Luxemburgo homenageia a artista modernista. A exposição foi aberta ao público em 9 de outubro e vai até 2/2/2025.

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A exposição conta com 150 obras de Tarsila do Amaral, incluindo 49 quadros, entre eles alguns famosos como “Os Operários”.

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Em ordem cronológica, a retrospectiva enfoca a trajetória artística de Tarsila do Amaral em suas três fases.

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Entre outras obras marcantes expostas no Museu de Luxemburgo estão “Caipirinha” e “A Negra” - cedido para a mostra pelo Museu de Arte Contemporânea da USP.

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'Autorretrato (Manteau rouge)” é outro destaque da exposição. Criado em 1923, o quadro retrata Tarsila com um casaco vermelho e compõe o acervo do Museu Nacional de Belas Artes.

Acervo MNBA/Ibram

“Foi para mim uma oportunidade de descobrir e de mostrar aquela época que se chama geralmente de ‘fase tardia’ de Tarsila, que é injustamente esquecida’, declarou ao portal UOL a curadora da exposição, Cecília Brashi.

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No entanto, a obra mais famosa de Tarsila, o “Abaporu”, não faz parte da retrospectiva parisiense. O quadro pertence ao acervo do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) e não foi emprestado para o evento parisiense.

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Há quase um século, Tarsila iniciou sua carreira internacional justamente em Paris, o que dá ainda maior simbolismo à retrospectiva de sua obra em terras francesas.

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Tarsila do Amaral morou em Paris no início dos anos 20, quando era casada com o escritor Oswald de Andrade (1890 - 1954), outro nome de proa do modernismo.

Arquivo Nacional/Wikimedia Commons

Em 1926, em Paris, a artista brasileira realizou sua primeira mostra individual no exterior, o que a revelou para o público europeu.

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Dois anos mais tarde, Tarsila fez uma segunda exposição em Paris e vendeu a tela “A Cuca” para um museu - hoje ela está com o fundo francês de artes plásticas.

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Tarsila do Amaral nasceu em 1886 na cidade de Capivari (foto), em um casarão na Fazenda São Bernardo, no interior de São Paulo.

Amauri Aparecido Zar wikimedia commons

Em 1922, quando ocorreu a Semana da Arte Moderna, importante evento da história da cultura brasileira ocorrido em São Paulo, Tarsila do Amaral estava na França.

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Pouco tempo depois ela se uniu ao grupo de artistas que lideraram o movimento, entre eles Di Cavalcanti (foto), Mário de Andrade e Anita Malfatti.

Arquivo Nacional/Wikimedia Commons

Além de o “Abaporu”, as telas “O Homem Amarelo” e “Os Operários” estão entre as obras de Tarsila mais representativas do Modernismo.

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Um pouco mais tarde, entre 1924 e 1928, as criações de Tarsila ganharam cores mais vibrantes e forte temática nacional. Foi a chamada fase Pau-Brasil, do movimento de mesmo nome criado por ela e o então marido Oswaldo de Andrade.

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O “Abaporu” representa a chamada fase antropofágica, etapa do movimento modernista que teve como teórico também Oswald de Andrade.

Cesar Cardoso/Wikimedia Commons

A terceira e última fase da carreira da artista paulista ficou conhecida pelo cunho social, focado em temas do cotidiano e da sociedade brasileiras.

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Morta em 1973, aos 86 anos, Tarsila deixou mais de duas centenas de obras, que incluem desenhos, gravuras e esculturas.

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