Segundo o ufólogo Luiz Prestes Junior, que conversou com moradores da região, o agroglifo aparentava ser muito bem feito, mas alguns detalhes levantaram questionamentos sobre a autenticidade do desenho.
“Como se fosse utilizado para marcar os pontos do desenho, pontos estratégicos para centralizar a imagem”, explicou o ufólogo.
“Em vários pontos a plantação estava sobreposta e em direções diferentes”, observou ele, que analisou que as espigas de trigo não estavam todas deitadas na mesma direção.
Depois de coletar fotos, vídeos e materiais do local, a equipe disse que 'no momento não dá para confirmar se o agroglifo é realmente verdadeiro”.
Essa não foi a primeira vez que marcas desse tipo apareceram em plantações de Ipuaçu. Em setembro de 2023, um desenho parecido chamou a atenção de especialistas.
Na época, Luiz Prestes Junior garantiu que a marca era falsa. “Não está alinhado, as plantas estão fora do padrão e o caule quebrado”, detalhou.
O último agroglifo considerado autêntico foi registrado em 2022, quando, em 4 de outubro, formas geométricas surgiram em uma plantação de trigo na mesma cidade de Ipuaçu.
Na ocasião, foi constatado que havia um alinhamento “perfeito” do desenho. Além disso, o trigo não estava deitado ou com galhos quebrados.
No Brasil, desde 2008, há registros de agroglifos surgindo em plantações de trigo, especialmente no sul do país, com destaque para o interior de Santa Catarina.
Especificamente no município de Ipuaçu, os avistamentos costumam acontecer entre o fim de outubro e o começo de novembro.
Em outubro de 2015, houve um relato de desenho misterioso em Prudentópolis, no Paraná.
Ipuaçu, no entanto, passou a ser conhecida como a capital nacional dos agroglifos, com essa fama se consolidando desde 2008, quando os primeiros círculos foram encontrados em algumas lavouras de trigo.
Fundado em 1992, o município de Ipuaçu faz parte da microrregião de Xanxerê e tem uma população de aproximadamente 7 mil habitantes.
Embora a ufologia não seja considerada uma ciência formal, muitos ufólogos utilizam métodos científicos para tentar documentar e analisar evidências, como fotos, vídeos e depoimentos de testemunhas.