Em entrevista ao telejornal americano “Today”, Freeman foi questionado sobre a razão para ter aceitado atuar em “Ted 2”, sequência de comédia que tem um urso de pelúcia como protagonista. E a resposta foi surpreendente: “Você quer mesmo saber? Preciso sobreviver”.
Ainda assim, o ator declarou ter se divertido nas filmagens do longa-metragem de 2015. “Foi muito, muito engraçado. Eu ri o tempo todo enquanto fazia o filme”, admitiu.
Morgan Freeman completou 87 anos no dia 1/6 com o prestígio de uma carreira premiada e com o aplauso de uma legião de fãs.
Fãs, por sinal, que se preocupam. Em agosto de 2023, Freeman apareceu com 10 kg a menos. E na cerimônia do Oscar em março, ao ver Freeman careca e com a mão paralisada, também houve quem expressasse dúvidas sobre seu estado de saúde.
Mas o ator sempre usa essa luva de compressão (amarela, na foto) para evitar problemas na circulação do sangue. Isso ocorre desde que ele sofreu um acidente de carro em 2008 e precisou reconstruir a mão, devido à ruptura dos nervos.
Morgan Freeman nasceu em Memphis, no estado americano do Tennessee. Trata-se de uma das cidades mais musicais do país, reduto de cantores do porte de Aretha Franklin, Elvis Presley e B.B.King.
Freeman atua desde os tempos de escola, onde participava de peças de teatro. Antes de ingressar no cinema, participou de peças na Broadway como “Coriolano” e “Júlio César”, em que foi premiado por sua atuação.
Seu primeiro papel no cinema foi aos 43 anos de idade, no filme “Brubaker” (1980).
Freeman se tornou conhecido no filme “Armação Perigosa” (1987), thriller policial onde o ator interpreta o personagem Fast Black.
Sua consagração veio no papel do motorista Hoke em “Conduzindo Miss Daisy” (1989), papel que lhe rendeu um Globo de Ouro e uma indicação de Melhor Ator Principal no Oscar de 1990.
Morgan Freeman venceu o Oscar em 2005, interpretando Frankie, o treinador de boxe do filme 'Menina de Ouro' (2004).
Ao longo de sua carreira, ele atuou em mais de 70 filmes e nos mais diversos gêneros: ação, drama, faroeste, fantasia e comédia são alguns exemplos.
O ator é conhecido também por sua voz característica. O tom grave dela já foi reproduzido em aplicativos de mudança de voz por Inteligência Artificial.
Em março de 2003, ele recebeu sua estrela na calçada da fama, em Hollywood.
Confira a seguir mais alguns dos principais filmes da carreira de Morgan Freeman.
Em “Um sonho de liberdade” (1992), o ator interpreta o prisioneiro Ellis, que faz amizade com o protagonista Andy (Tim Robbins), que é condenado por um crime que não cometeu.
No faroeste “Os Imperdoáveis” (1993), Freeman é Ned Logan. Ao lado de William Munny (Clint Eastwood), ela sai em busca de uma recompensa após matar dois cowboys acusados de um crime.
Na comédia “Todo - Poderoso” (2003), Freeman interpreta Deus, que entrega ao jornalista Bruce (Jim Carrey) o poder de comandar o planeta por um dia.
O ator dá vida ao personagem Lucius Fox no filme “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008). Oriundo das histórias em quadrinhos, o personagem é administrador dos negócios de Bruce Wayne, o Batman.
No filme biográfico de Nelson Mandela “Invictus” (2009), Morgan Freeman interpreta ninguém menos que o próprio biografado, no momento em que ele assume a presidência da África do Sul no período pós-apartheid.
Em “Truque de Mestre” (2013) o ator é Thaddeus Bradley, veterano da mágica que ganha dinheiro desmistificando os truques.
Morgan Freeman foi casado duas vezes: com Jeanette Bradshaw entre 1967 e 1979; e com Myrna Colley-Lee de 1984 a 2010. O ator tem quatro filhos.
Um episódio polêmico na vida de Freeman foi a suposta relação íntima com a neta de jeanette, sua primeira esposa, E'Dena Hines. A jovem acabou sendo morta a facadas por Lamar Davenport (foto), que ela namorava na ocasião (em 2015)
Vídeos mostravam Freeman e a neta de criação em eventos e colocavam mensagens de repúdio na internet. Mas Freeman negou o envolvimento sexual com ela.
Morgan Freeman também costuma acender discussões com sua visão particular das questões que envolvem os negros. Recentemente, ele escandalizou ao ser contra a celebração do Mês da História Negra.
Ele considerou que a comemoração é um insulto, tanto quanto o termo afro-americano, pois uma história não se resume a um mês, e ninguém diz euro-americano.
'A África não é um país, é um continente. Falam ítalo-americano, franco-americano, não euro-americano', comparou.