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Brasileiras presas na Alemanha por engano ainda pagam por crime não cometido: visto americano foi cancelado


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Reprodução/Instagram

As brasileiras relataram a situação em suas redes sociais. “Até hoje sofremos as consequências da injusta prisão”, desabafaram Kátyna e Jeanne. Procurada por veículos de comunicação, como Globo e UOL, a Embaixada dos Estados Unidos afirmou que não comenta casos de vistos individuais.

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Em março de 2023, a veterinária Jeanne Paolini e a empresária Kátyna Baía foram detidas porque seus nomes estavam em etiquetas de malas com drogas. A história delas tornou-se um alerta sobre o perigo causado por bandidos que são funcionários em aeroportos.

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Durante 37 dias, desde 5 de março até 11 de abril, elas ficaram detidas na Penitenciária Feminina de Frankfurt, na Alemanha.

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Jeanne e Katyna só foram libertadas quando ficou comprovado que as malas com drogas não eram delas. Bandidos tinham trocado as etiquetas. Elas retornaram ao Brasil em abril de 2023, para alívio delas e da família, após muita angústia.

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Jeanne e Katyna são casadas há 14 anos, moram em Goiânia e costumam viajar nas férias.

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Em entrevista ao programa 'Encontro', da Globo, logo após o retorno, elas disseram que estavam traumatizadas, sem condição de retomar à rotina normal. E que iriam atrás de indenização pelo mal que sofreram.

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Elas foram soltas após investigação da Polícia Federal comprovar um esquema criminoso no Aeroporto de Guarulhos. Em julho, quatro meses após a libertação de Jeanne e Katyna na Alemanha, a PF prendeu 16 integrantes da quadrilha.

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Na casa de uma funcionária que recebeu as malas com drogas no guichê do check-in, a polícia encontrou R$ 40 mil. Ela confessou envolvimento no esquema.

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Para investigar o caso, a Polícia Federal analisou imagens de câmeras do prédio onde as duas moram e também do aeroporto. Jeanne e Katyna saíram de casa com uma mala rosa e uma mala preta.

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Esta imagem mostra elas chegando ao Aeroporto Internacional de Guarulhos para o embarque.

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Às 20h04 de 04/03/3023, funcionários do aeroporto de Guarulhos começam a trocar as etiquetas das malas das brasileiras.

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O funcionário Eduardo dos Santos pega a mala rosa de Jeanne e a coloca no chão.

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Eduardo chama o funcionário Pedro Venâncio e eles se cumprimentam.

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Pedro Venancio confere a etiqueta da mala, enquanto o comparsa o observa.

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Eles mexem, então, no celular. A polícia investiga essa comunicação dos funcionários do aeroporto.

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Em seguida, eles mexem na mala preta de Katyna. Depois, colocam ambas no bagageiro.

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Pedro troca, então, a etiqueta de uma das malas. Segundo a polícia, está comprovado que ele tirou as etiquetas e colocou em malas que estavam repletas de cocaína.

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Às 20h27, duas mulheres chegam com malas ao aeroporto de Guarulhos. Segundo a polícia, essas são as malas cheias de cocaína que receberam as etiquetas de Jeanne e Katyna.

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As mulheres são atendidas por uma funcionária do check in em momento que o procedimento já havia sido encerrado. Elas fazem contato visual com a funcionária, que acena positivamente com a cabeça.

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As imagens não deixam dúvidas. Elas foram ao guichê e deixaram as malas sem apresentar documentos, em horário indevido. As duas falsas passageiras saem do aeroporto logo depois.

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As malas com cocaína seguem na esteira. Os funcionários do aeroporto pegam as bagagens, colocam junto com as outras e transferem diretamente para a área internacional para que não passem pelo raio-X.

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As etiquetas de Jeanne e Katyna são colocadas nas malas das drogas atrás de uma pilastra, em um ponto cego para as câmeras.

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Quando elas chegaram ao aeroporto de Frankfurt, foram detidas e algemadas sem terem a menor ideia do que estava acontecendo.

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Em março de 2024, a Justiça da Alemanha determinou que o estado de Hessen indenize as brasileiras.

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