Vamarr Hunter, 50, era cliente assíduo da padaria Give Me Some Sugah, onde gostava de consumir doces e era recebido calorosamente pela simpática proprietária do estabelecimento, Leone Lindsay, 67. Em março de 2022, uma ligação telefônica entre eles acabou revelando o parentesco.
Aos 35 anos, Hunter descobriu que era filho adotivo e começou a sua busca pela mãe biológica. Um genealogista o auxiliou no rastreamento e ele jamais poderia supor que a progenitora já estivesse no seu dia a dia.
Em 1974, quando tinha somente 17 anos, Lindsey deu à luz Hunter e decidiu dar o bebê para adoção porque não tinha recursos para criá-lo. Ela contou ao Washington Post que jamais esqueceu do filho e expressou seu entusiasmo ao encontrá-lo. “Quando percebi quem ele era, começamos a gritar ao telefone. Foi inacreditável”.
Meses depois do reencontro entre mãe e filho, Lindsey sofreu um derrame e Hunter passou a trabalhar na padaria para ajudá-la. Em abril de 2024, ele abandonou o emprego de quase duas décadas para se dedicar ao estabelecimento. Hoje, eles dividem o amor familiar e pela padaria, um grande símbolo da relação entre os dois.
Padaria, também chamada de panificadora, é um estabelecimento especializado em produzir e vender gêneros alimentícios feitos a partir de farinha, como pães, bolos, biscoitos, etc…
Espalhadas pelo mundo, muitas padarias também funcionam como cafés, servindo bebidas quentes em seu ambiente (café e chá), por exemplo, e os próprios produtos de panificação para serem degustados no local.
As padarias também costumam produzir e vender itens de confeitaria, como bolos, tortas, brigadeiros, entre outros doces.
Não há um consenso entre historiadores sobre exatamente quando a humanidade começou a fabricar pães. Em 2010, pesquisadores encontraram sinais de amido em pedras de moer de mais de 30 mil anos, o que sugere uma origem bem anterior à era cristã.
Segundo os registros, os primeiros pães eram feitos de uma maneira bem distinta da atual, a partir da mistura de farinha com fruto do carvalho. Eles eram duros, secos e com formato achatado. Por isso, eram fervidos para retirar o amargor e assados sobre pedras quentes.
Acredita-se que os egípcios, em torno do ano 7 mil a.C., foram os primeiros a usar fornos de barro para assar pães.
É possível que as padarias tenham surgido no Egito antigo. Em 2002, arqueólogos americanos encontraram o que pode ser a padaria mais antiga do mundo, no Oásis de El-Kharga, cidade do país africano.
No Império Romano, a arte da panificação era muito valorizada e os pães eram consumidos em datas especiais, como casamentos e festas. Os padeiros adquiriram prestígio produzindo os pães em casa e a panificação se expandiu pela Europa. Primeiro, com os produtos sendo entregues a domicílio. O crescimento do mercado levou à abertura de estabelecimentos para a venda desses produtos.
Foram os portugueses que trouxeram os pães para o Brasil, durante o período colonial. Com o passar das décadas, eles começaram a abrir padarias no país, introduzindo e tornando esse mercado tradicional.
A padaria mais antiga em funcionamento no Brasil é a Santa Tereza, localizada próxima à Praça da Sé, no centro de São Paulo. Ela foi inaugurada em 1872 e mantém no cardápio produtos tradicionais, como a coxa creme e a canja, segundo reportagem da CBN.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria, existem hoje no Brasil mais de 70 mil padarias, muitas delas administradas por famílias.
A estimativa é de que 41 milhões de brasileiros frequentem padarias todos os dias, especialmente para comprar pão para o café da manhã, uma tradição bastante arraigada.
Entre 2019 e 2023, a quantidade de padarias no Brasil saltou de 240 mil para 290 mil, segundo levantamento do Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
De acordo com números do World of Statistics, o país que mais consome pães no mundo é a Turquia. Os turcos comem quase 199,58 quilos de pão por pessoa anualmente. Sérvia, Bulgária, Ucrãnia e Chipre completam o curioso top 5.