Pensando nisso, o Latin NCAP realiza 'crash-tests' com carros reais, que avaliam resistência e eficiência em diferentes colisões. As notas vão de zero a cinco estrelas, indicando o nível de proteção oferecido pelo veículo aos ocupantes.
Ao contrário da Mitsubishi L200 Triton (foto), que se tornou a primeira picape a conquistar cinco estrelas nos protocolos do teste vigentes desde 2020, outros vários que circulam no Brasil receberam nota zero.
Com base em uma lista feita pelo g1, confira os 10 modelos de carros que tiveram nota zero no teste de segurança da Latin NCAP (todos os carros testados têm apenas dois airbags, um para o motorista e outro para o passageiro dianteiro).
Citroën C3 Aircross, teste em 2024 - Proteção para adultos: 33%; Proteção para crianças: 11%; Proteção para impacto com pedestres: 50%; Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 35% dos impactos.
Nos testes de impacto frontal, a cabeça e o pescoço do motorista foram bem protegidos, mas o peito apresentou vulnerabilidade. Os joelhos do motorista e do passageiro podem ser lesionados por estruturas perigosas atrás do painel.
Citroën C3, teste em 2023 - Proteção para adultos: 31%; Proteção para crianças: 12%; Proteção para impacto com pedestres: 50%; Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 35% dos impactos.
A proteção do C3 foi avaliada de forma semelhante à do Aircross, revelando riscos significativos para o tórax e joelhos do motorista, além do pescoço durante o impacto de retorno.
Jac E-JS1, teste em 2022 - Proteção para adultos: 0%; Proteção para crianças: 6%; Proteção para impacto com pedestres: 20%; Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 7% dos impactos.
Foram apresentadas falhas graves na proteção do tórax do motorista e passageiro em colisões frontais e laterais. É o único modelo elétrico da lista.
Renault Duster, teste em 2021 - Proteção para adultos: 29%; Proteção para crianças: 23%; Proteção para impacto com pedestres: 51%; Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 35% dos impactos.
O teste da Duster mostrou proteção parcial para os ocupantes, mas o habitáculo — compartimento destinado ao condutor e aos restantes passageiros — não suportou impactos mais fortes e houve vazamento de combustível após uma colisão frontal.
Fiat Argo (foto) e Cronos, teste em 2021 - Proteção para adultos: 24%; Proteção para crianças: 10%; Proteção para impacto com pedestres: 37%; Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 7% dos impactos.
Os testes dos dois modelos da Fiat destacaram vulnerabilidades no peito do motorista, nas pernas dos ocupantes da frente e na proteção insuficiente para o pescoço contra o movimento de rebote. A cabeça do motorista também sofreu danos graves em impactos laterais.
Kia Sportage, teste em 2021 - Proteção para adultos: 48%; Proteção para crianças: 15%; Proteção para impacto com pedestres: 58%; Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 7% dos impactos.
No teste, o passageiro dianteiro teve danos apenas na perna direita, enquanto o motorista apresentou lesões nas coxas. A Kia não forneceu informações sobre os tamanhos adequados das cadeirinhas, resultando na nota zero.
Hyundai HB20, teste em 2020 - Proteção para adultos: 19%; Proteção para crianças: 10%; Proteção para impacto com pedestres: 43%; Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 14% dos impactos.
O teste revelou falhas no tórax, coxas e pescoço do motorista e passageiro, especialmente no rebote, durante impactos frontais, laterais e traseiros. Para crianças, os bonecos de três anos apresentaram danos no tórax e pescoço em colisões laterais.
Ford Ka Hatchback (foto) e Sedan, teste em 2020 - Proteção para adultos: 34%; Proteção para crianças: 9%; Proteção para impacto com pedestres: 50%; Sistemas de auxílio à segurança reduziram: 7% dos impactos.
Os testes mostraram proteção adequada para o pescoço e tórax dos ocupantes da frente em impactos frontais, mas com danos graves às pernas. O pescoço apresentou problemas no rebote, e o peito do motorista sofreu danos significativos em batidas laterais.