Melissa Lucio foi acusada de matar a filha Mariah, de 2 anos. A condenação aconteceu em 2008, mas Melissa sempre sustentou que a menina tinha caído acidentalmente e que o processo teve supostas provas que eram falsas, além de testemunho também falso.
Melissa teve o apoio da influenciadora e estrela de reality show Kim Kardashian, que soube do caso em 2022 e ficou comovida com um apelo feito pelos filhos da prisioneira. Melissa tem 14 filhos. Dez deles escreveram ao governador e ao Conselho de Perdão e Liberdade Condicional do Texas pedindo a retirada da sentença.
'Pedimos que poupem a vida de nossa mãe, Melissa Lucio. Pedimos um encerramento. Pedimos paz', dizia a carta da família, que vive na cidade de Brownsville (foto), no Texas. Kim Kardashian disse que a carta era de 'de partir o coração' e que havia 'muitas questões não resolvidas em torno do caso'.
'Esta é uma das muitas razões pelas quais sou contra a pena de morte — e por que rezo para que o desejo de seus filhos seja atendido e a vida de sua mãe seja poupada', escreveu Kim Kardashian no Facebook.
Em 2024, 14 pessoas foram executadas nos Estados Unidos a partir de condenação. Embora o número varie de ano para ano, tem havido uma diminuição geral nas sentenças de morte ao longo do tempo, devido a mudanças na opinião pública e práticas judicias relacionadas à pena capital?
Nos Estados Unidos, a pena de morte é aplicada em crimes como assassinato em primeiro grau, especialmente quando há circunstâncias agravantes. A execução geralmente ocorre por injeção letal, embora em alguns estados ainda haja cadeira elétrica e fuzilamento. Veja outros países que também aplicam pena de morte.
Na China, crimes como homicídio, tráfico de drogas e corrupção podem levar à pena capital, sendo a execução normalmente feita por injeção letal ou fuzilamento em locais públicos.
Na Arábia Saudita, a pena de morte é aplicada em casos de homicídio, estupro, terrorismo e blasfêmia, com execuções geralmente realizadas por decapitação em público
No Irã, assassinato, tráfico de drogas, estupro e apostasia são crimes puníveis com a pena de morte, com execuções por enforcamento sendo a forma mais comum
No Japão, a pena de morte é aplicada principalmente em casos de assassinato em massa ou crimes particularmente cruéis, e as execuções são realizadas por enforcamento em segredo.
Na Coreia do Norte, crimes contra o Estado, como espionagem ou traição, além de assassinatos, podem resultar na pena de morte, com execuções por fuzilamento ou enforcamento
No Paquistão, a pena de morte é usada em casos de assassinato, terrorismo e blasfêmia, com a execução por enforcamento sendo a forma mais comum
No Egito, crimes como terrorismo, assassinato e traição podem levar à pena capital, com as execuções ocorrendo principalmente por enforcamento
Em Belarus, o único país europeu a ainda aplicar a pena de morte, crimes como homicídio agravado e terrorismo são punidos com execução por fuzilamento.
Na Índia, assassinato, terrorismo e crimes sexuais graves, como estupro em grupo com morte, podem resultar na pena de morte, com execuções sendo realizadas por enforcamento
Em Bangladesh, a pena de morte é usada para crimes como assassinato, estupro e terrorismo, com a execução por enforcamento sendo a forma mais comum
Na Malásia, tráfico de drogas e assassinato são crimes que levam à pena de morte, que geralmente é realizada por enforcamento
No Vietnã, crimes como homicídio, tráfico de drogas e corrupção grave podem resultar em pena de morte: execução por fuzilamento
No Iraque, assassinato, terrorismo e crimes contra o Estado podem resultar na pena capital. As execuções são feitas por enforcamento.
Na Tailândia, a pena de morte na Tailândia é aplicada principalmente para crimes graves, como homicídio premeditado, tráfico de drogas em grande escala e crimes relacionados à segurança nacional, como traição. Geralmente, por injeção letal.
Na Indonésia, crimes relacionados ao tráfico de drogas e assassinato podem ser punidos com a pena capital, geralmente aplicada por fuzilamento. Dois brasileiros foram executados por fuzilamento na Indonésia por entrarem com drogas no país.
Em 18/1/2015, Marco Archer Cardoso Moreira foi o primeiro brasileiro a ser executado na Indonésia. Ele foi preso em 2003, quando tentou entrar no país com 13,4 kg de cocaína escondidos em sua asa-delta. Marco foi morto após passar mais de uma década no corredor da morte.
Em 29/4/2015, Rodrigo Gularte também foi executado. Condenado por tráfico de drogas, Rodrigo tinha sido preso em 2004 ao tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Apesar de sua família ter alegado que ele sofria de esquizofrenia, o governo indonésio não aceitou a condição como motivo para suspender a execução.