As imagens provocaram uma série de reações e discussões na internet sobre temas diversos, de direito do consumidor a exposição indevida de imagem.

A postagem original com o vídeo apareceu em um perfil no TikTok denominado @marycomciencia. A legenda dizia: “e minha mãe encontrou uma pessoa sem empatia com criança”. Após a repercussão do episódio, essa página digital foi desativada.

O vídeo mostra Jennifer Castro acomodada em um assento próximo à janela do avião com fones de ouvido e tentando ignorar a mulher que a constrange e hostiliza com a filmagem. Ela chega a fechar os olhos para tentar dar fim à polêmica.

“Estou gravando a sua cara porque você não tem empatia com as pessoas”, diz durante o video a passageira que filmou Jennifer.

“Isso é repugnante. No século 21, não ter empatia com uma criança. Se fosse com um adulto, tudo bem. Agora, com uma criança é demais”, completou.

A autora da gravação e das críticas não foi a mãe do menor que chorou por querer o assento em que estava Jennifer, mas sim uma outra passageira. No vídeo também é possível ouvir o choro de uma criança.

'No final, quando eu fui sair, pegar a mala, ela (a autora da filmagem) estava atrás de mim. Ela falou assim: 'Agora você levanta sua imbecil’”, declarou Jennifer Castro ao programa “Encontro”, da rede Globo.

Jennifer declarou ter ouvido vários insultos da mulher e que está tomando as medidas legais a respeito do ocorrido.

A mãe da criança declarou em entrevista ao Portal Leo Dias que não pediu a troca de assentos. “Ela (Jennifer) sabe disso. Ela sabe que não fui eu que gravei o vídeo. Ninguém da família gravou o vídeo”, declarou ela, identificada na matéria como Aline.

'É uma criança como qualquer outra criança dessa idade, que em algumas situações vai se comportar de maneira inadequada. A gente tem que corrigir, e foi o que qualquer pessoa no voo, passageiros e comissários de bordo, presenciaram. Ela foi insultada, mas jamais por ninguém da minha família, e sim por uma senhora que estava vestindo uma camisa de uma ONG, que eu não vou divulgar porque não achei que a atitude dela foi correta', afirmou Aline.

Segundo perfis nas redes sociais, ao se aproximar do assento Jennifer encontrou a criança sentada nele. Nesse momento, a mãe do menor o retirou para que Jennifer pudesse se acomodar. Em seguida, a criança teria chorado porque insistia em querer ficar sentada ali.

'A birra dele era que ele queria sentar ao lado da avó, no meu lugar. Não servia outra janela, tinha que ser a minha', disse Jennifer á Globo. Ela afirmou que a criança estava acompanhando de vários familiares, mas teimou querer aquele assento específico.

Muitos internautas se solidarizaram com Jennifer por considerar que ela tinha direito de não ceder seu lugar e foi filmada indevidamente.

Além disso, o autocontrole da passageira, que não se envolveu em discussão, também foi exaltado por diversos seguidores. “Poderia me falar se sua psicóloga tem vaga? Tenho interesse”, comentou uma perfil em um dos álbuns de fotos de Jennifer. “Amiga conta pra gente, qual música você estava ouvindo?”, perguntou outro.

Jennifer ganhou o apelido de “diva do avião” e teve uma explosão no número de seguidores no Instagram. Ela já passa de 1,7 milhão de fãs no Instagram, onde posta imagens de viagens com amigos e fazendo exercícios físicos.

Em perfil na rede profissional Linkedin, Jennifer Castro se apresenta como graduada em administração pela Faculdade Nova Serrana e agente de negócios do banco Bradesco.

Segundo as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), menores de 16 anos devem ser acomodados obrigatoriamente em assento ao lado de, pelo menos, um adulto responsável. A escolha prévia de um lugar pode gerar cobrança extra.

Alguns internautas notaram que Jennifer estava em um assento especial. Ou seja, ela teria desembolsado um valor adicional para ter acesso a esse lugar.

O episódio também gerou debates digitais sobre direitos à imagem. O artigo 5º da Constituição brasileira preserva os direitos à intimidade, vida privada, honra e imagem de todo cidadão. Caso eles sejam desrespeitados, há a possibilidade de buscar na Justiça indenização por danos morais e materiais.