Em uma época pré-internet, as pessoas frequentavam as unidades dessas redes varejistas em diversas cidades pelo Brasil para fazer compras e também preencher horas de lazer em família.
O portal da revista Exame mostrou recentemente o que aconteceu com cinco dessas chamadas Magazines que foram gigantes do mercado nacional décadas atrás. Confira a seguir!
Mesbla - Inaugurada no Rio de Janeiro em 1912, foi uma magazine dominante por seguidos anos no mercado varejista. Em suas imensas lojas, os clientes encontravam variedade impressionante de produtos (de móveis e eletrodomésticos a roupas).
Nos anos 80, a Mesbla viveu seu auge de popularidade com 180 pontos de venda espalhados pelo Brasil. Na década seguinte, o crescimento de estabelecimentos de nicho e shoppings centers provocou o declínio da empresa.
A Mesbla foi vendida ao empresário Ricardo Mansur em 1997 após passar por um processo de concordata, mas acabou falindo. Em 2022, os empresários Marcel Jeronimo e Ricardo Viana desembolsaram cerca de 500 mil reais para reativar o site da Mesbla. A loja existe hoje unicamente como loja digital.
Mappin - Nasceu em São Paulo no ano seguinte à Mesbla, em 1913, e tornou-se a maior concorrente da rede carioca. Foi pioneira no modelo de lojas com vitrine de vidro nas fachadas.
A Mappin também chegou ao ápice comercial nos anos 80. Na década seguinte, a empresa comprou a Sears, outra rede varejista, mas acabou entrando em desequilíbrio contábil que afetou decisivamente sua operação.
À exemplo da Mesbla, a Mappin foi comprada pelo empresário Ricardo Mansur e faliu em 1999. Uma década mais tarde, a rede Marabraz comprou em leilão público o direito de usar a marca por cinco milhões e lançou um comércio eletrônico que segue ativo.
Arapuã - Rede varejista que teve muito prestígio nas décadas de 70 e 80, especialmente no mercado de eletrodomésticos.
Nos anos 90, apesar de registrar um faturamento superior a dois bilhões, começou a sofrer as consequências dos altos índices de inadimplência nas vendas a prazo e viu a dívida se avolumar.
Após entrar em concordata em 1998, passou por arrastado processo judicial de mais de duas décadas. Após idas e vindas em decisões de tribunais, em 2020 o Superior Tribunal de Justiça decretou a falência da Arapuã.
Ultralar - Inaugurada em 1956 como loja de fogões a gás, era um braço da Empresa Brasileira de Gás a Domicílio (futura Ultragás). Logo expandiu seus negócios e passou a vender outros produtos, ganhando corpo entre as maiores varejistas do Brasil.
O negócio evoluiu a ponto de a empresa abrir um hipermercado, o Ultracenter Ultralar, que seria vendido ao Carrefour. Nos anos 90, a Ultralar foi comprada pelo Grupo Susa Vendex e, depois, passou às mãos do empresário Paulo dos Santos.
Derrotada pela concorrência, a Ultralar fechou as portas em 2000 e vendeu seus 17 pontos de venda para as Casas Bahia.
Eletroradiobraz e Jumbo Eletro - A Eltroradiobraz foi inaugurada no bairro do Braz, em São Paulo, nos anos 40, como empresa de consertos de rádios e eletrodomésticos de pequeno porte. Suas atividades foram se expandindo e o negócio virou uma grande loja de departamentos no mesmo local.
Nos anos 70, a empresa ingressou no setor de supermercados. Em 1971, abriu um hipermercado no bairro da Água Branca, na capital paulista, mas pouco tempo depois viveu dificuldades financeiras e vendeu as operações ao Grupo Pão de Açúcar.
Com a venda, os supermercados passaram a ser chamados de Pão de Açúcar e os hipermercados se transformaram em Jumbo Eletro - mais tarde rebatizados de Extra.
O Grupo Pão de Açúcar deixou em 2021 a operação de hipermercados e vendeu as lojas do Extra para o Assaí Atacadista.