O pistache é uma oleaginosa, assim como as amêndoas, nozes e castanhas. Nativo do Oriente Médio e consumido desde 7.000 a.C., ele produz sensação de saciedade, é rico em antioxidantes, fibras e minerais como magnésio, potássio, ferro e zinco.
Mesmo sendo um dos alimentos mais antigos do mundo, o pistache vive uma nova febre mundo afora. Seu consumo cresceu em torno de 35%, segundo pesquisa da agência alemã Statista.
Em comparação às outras oleaginosas, o pistache possui teor calórico mais baixo e também apresenta baixo índice glicêmico, sendo benéfico para a saúde do consumidor.
Além disso, se consumido com moderação, o pistache auxilia na perda de peso, pois é rico em proteínas e tem poucas calorias e produz saciedade.
O pistache contém fibras que não são digeridas pelo organismo, e acabam servindo de alimento para os micro-organismos benéficos do intestino.
De acordo com o artigo da National Geographic Espanha, um dos principais benefícios atribuídos a essa noz é sua capacidade de regular o nível de glicose (o açúcar) no sangue depois de comer.
Como são compostos por polifenóis (um grupo de substâncias presentes em alimentos de origem vegetal e com propriedades antioxidantes), as nozes de pistache, principalmente se comidas cruas (e não processadas ou cozidas), podem impactar positivamente na saúde geral.
O fruto, conhecido como pistache ou pistachio, é oriundo das árvores da família Anacardiaceae, do género Pistacea. Apesar de existirem diversas espécies, a Pistacia Vera é a árvore de pistache domesticada mais cultivada globalmente.
O fruto da árvore que vai para as prateleiras dos supermercados nada mais é que a semente do fruto seco e verde, ou seja, uma amêndoa envolta por sua rígida casca.
Os principais produtores globais de pistache são os Estados Unidos, com destaque para o estado da Califórnia, e o Irã. Juntos, os dois países respondem por aproximadamente 75% do mercado mundial.
Em seguida, em terceiro lugar, fica a Turquia, cuja sobremesa mais famosa, a Baklava, utiliza a oleaginosa como ingrediente.
Vale destacar que o Brasil ainda não produz pistache, porém a Embrapa, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (FAEC), estuda transformar o estado do Ceará no primeiro produtor do país.
O pistache tornou-se um fenômeno gastronômico no Brasil, impulsionando as importações da oleaginosa para um patamar recorde de US$ 8,8 milhões em 2023, equivalente a 608 toneladas.
Um levantamento realizado pela Vixtra, fintech de comércio exterior, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior, revelou um crescimento expressivo de 97% nas importações em comparação com 2022.
Versátil, o pistache pode ser consumido tanto torrado e salgado quanto em receitas doces. O famoso fruto também pode ser preparado acompanhado de um bom chocolate, se transformando em sorvete ou macaron, no tradicional doce da pâtisserie francesa.
Na gastronomia oriental, o pistache aparece na tradicional Baklava, uma das sobremesas turcas mais conhecidas no mundo e na Halawa (ou Halva), um dos doces mais tradicionais do Oriente Médio.
Na Rússia, por outro lado, os pistaches são apreciados como um snack popular para acompanhar a cerveja durante os meses quentes de verão. Na França, os pistaches são servidos como aperitivo, antes das refeições para estimular o apetite.
A “Fistikli Baklava” (baklava de pistache) é o doce mais famoso da Turquia e tem um dia especial, comemorado em 17 de novembro.
O pistache, então, pode ser consumido torrado e salgado, sendo popular enquanto petisco, dividindo espaço nas mesas de “tira-gosto” com amendoins e castanhas.
O pistache também é utilizado em coquetéis na forma de xaropes ou licor, como o italiano licor de pistache Polini. Na Índia, o fruto é componente fundamental da dieta da população e, combinado com o açafrão, é utilizado como ingrediente em uma na bebida bem popular.
Dessa forma, eles também são muito utilizados na charcutaria, arte de fazer frios e embutidos, sobretudo na Itália. Como os salames e mortadelas com o ingrediente especial.
Justamente na Itália, na cidade de Bronte, localizada na região da Sicília, são produzidos os pistaches de origem controlada Bronte DOP (Denominação de Origem Protegida). Ela é uma cidade de cerca 20.000 habitantes, localizada nas encostas do Etna, a 760m de altitude.
Por lá, os frutos produzidos são conhecidos como o “ouro verde” da região. Eles possuem um sabor único, tal como sua tonalidade e aroma, sendo considerado o melhor do mundo.
Esses fatores são explicados pelas condições geográficas, como o solo vulcânico local e as águas na nascente do Monte Etna. Todos os anos, entre os meses de setembro e outubro, acontece o Festival do Pistache de Bronte (Sagra del Pistacchio).
Na Sicília, Itália, é praticamente impossível não se deparar com o pistache utilizado na confecção de bolos, frios, tortas, biscoitos, entre outros. A maior parte das docerias das cidadezinhas nas encostas do Etna fazem deliciosos sorvetes e tortas de pistache.
O Dia Mundial do Pistache é celebrado anualmente em 26 de fevereiro. Segundo o NIH, a palavra pistache vem do grego pistákion, que significa “noz verde”. Na Antiguidade, diz o artigo da fonte norte-americana, o fruto chegou a ser usado até como remédio e substância afrodisíaca.
Além de trazerem sabor e cor aos pratos, as sementes da árvore Pistacia vera são uma ótima fonte de gordura saudável, proteínas, fibras e antioxidantes,
Entre os principais antioxidantes presentes no pistache e que protegem o corpo dos danos causados pelos radicais livres, estão: a vitamina E, os carotenoides betacaroteno e luteína, além das antocianinas.
O pistache, assim como outras oleaginosas, apresenta grande quantidade de proteínas: em 30 g do alimento encontramos cerca de 6 g do macronutriente. No Brasil, ele aparece com mais frequência em sorvetes e doces.
O Burger King lançou quatro novas opções de sobremesa no sabor pistache. Como estratégia para amplificar a novidade, os novos produtos estarão acompanhados pela campanha Loucos por Pistache.