O figo é um pseudofruto da árvore chamada figueira (Ficus carica), pertencente à família Moraceae, que tem origem na região do Mediterrâneo.
Dessa forma, a figueira é mais semelhante a um arbusto do que a uma árvore concreta, podendo medir entre 3 m e 10 m de altura. Este pseudofruto, inclusive, possui formato semelhante ao de uma pera, porém um pouco menor, medindo de 3 cm a 7 cm.
A história do figo (pseudofruto) remete à Antiguidade, sendo consumido por povos egípcios, judeus, gregos e romanos. As folhas da figueira foram, inclusive, utilizadas por Adão e Eva para esconder seus corpos, segundo Gênesis 3:7.
O figo é uma das primeiras frutas cultivadas pelo homem, tanto que há pinturas rupestres em cavernas com desenhos de figueiras.
Os maiores produtores mundiais de figo são os países da Bacia Arábica do Mediterrâneo e os Estados Unidos. Entre as nações que se destacam na produção deste pseudofruto, estão Turquia, Egito, Grécia, Irã, Marrocos, Espanha, Itália e Portugal.
No Brasil, o figo chegou por meio dos portugueses, no século XVI, tendo destaque no cultivo na região de Valinhos, no interior de São Paulo e em Minas Gerais.
Além disso, a região Sul do Brasil também cultiva bastante o figo verde, destinado à indústria, na fabricação de compotas e geleias. A safra gaúcha ocorre entre fevereiro e março, enquanto São Paulo e Minas Gerais colhem de novembro a abril.
Alguns botânicos, porém, destacam que o figo, assim como morango, caju, maçã e abacaxi, não é fruta, mas sim uma ‘flor invertida’, (pseudofruto), com estruturas florais internas.
Ele é uma infrutescência, sendo um pseudofruto múltiplo, que se forma a partir da fusão de vários ovários de flores (sicônio). Cada flor contribui para a formação da estrutura final, assim como as da amendoeira ou da cerejeira.
A figueira possui grande capacidade de adaptação aos mais variados tipos, com restrições aos solos encharcados. Solos profundos, bem drenados e com boa capacidade de retenção de água são ideais para o cultivo do figo.
As flores do figo se abrem dentro de uma vagem, que amadurece e se torna o pseudofruto para ser consumido. Para que ele produza sementes férteis, depende da polinização.
Contudo, como seu pólen está na parte interna, apenas a vespa-do-figo consegue acessá-lo por meio de uma abertura na flor. A digestão desta vespa não acontece como uma complementação da sua alimentação, mas como um mecanismo de defesa.
O figo possui uma quantidade significativa de sais minerais, com destaque para potássio, cálcio e ferro, que são muito importantes para a formação óssea e boa regulação do organismo humano.
Possui alto poder antioxidante e vitaminas A, B1, B2, C, K e E em sua composição. Ele tem ação laxativa suave e auxilia no combate a inflamações do sistema respiratório.
O figo auxilia a reduzir o risco de câncer, ajuda na constipação intestinal e preserva a saúde óssea. Além de prevenir e controlar a diabetes e a pressão arterial.
A polpa do figo é a parte comestível, sendo suculenta e rica em açúcar, com alto teor energético. No Brasil, o consumo se dá mais pelo pseudofruto industrializado, seco e desidratado.
Existem mais de 750 tipos de figos, que podem ser encontrados em vários tamanhos, formas e cores. Os mais comuns são os figos pretos, vermelhos, roxos, verdes e amarelos. No Brasil, os figos verde e roxo são os mais consumidos.
O figo é uma fruta que está presente na mesa de Natal por ser um ingrediente de muitas receitas e ter um sabor inconfundível. Na Bíblia, ele representa prosperidade e segurança, por ser uma árvore de frutos muito nutritivas e econômica nos tempos antigos.
O figo turco é um dos mais famosos pseudofrutos secos e é muito apreciado na época natalina, enquanto no Budismo a figueira é uma árvore sagrada.
O figo é um ingrediente que pode ser utilizado para fazer geleias e compotas. Assim, a primeira pode ser uma ótima combinação com queijos de mofo branco, massa dura ou mofo azul. Já a segunda pode ser consumida pura, com creme de leite ou com queijo Minas.
Em território brasileiro, o Natal acontece durante o verão, geralmente com um calor intenso em várias regiões e estados. Com isso, o sorvete é uma ótima opção para se refrescar, e o figo pode ser um dos ingredientes.
Também existe a possibilidade de utilizar o figo em pratos salgados por causa de sua versatilidade, o que permite aplicá-lo em receitas diferentes, sendo somente necessário ter atenção ao tipo de prato.
Além dos sorvetes, geleias e compotas, o figo pode ser associado a outras receitas doces, como chantillys, cremes de avelã e chocolate.