Nascido em 7 de dezembro de 1989, em Berkshire, na Inglaterra, Hoult demonstrou seu interesse pela atuação desde a infância.
Seu percurso no mundo das artes não seguiu os caminhos tradicionais de muitos atores, mas sua habilidade natural e dedicação à profissão o destacaram desde cedo.
A carreira de Nicholas Hoult teve início com um papel marcante quando ele tinha apenas 12 anos. Em 2002, ele interpretou Marcus, um adolescente sensível e introspectivo, no filme 'Um Grande Garoto' (2002), ao lado de Hugh Grant.
A interpretação de Hoult foi aclamada, e ele rapidamente se destacou como uma jovem promessa do cinema britânico. Seu papel foi fundamental para estabelecer sua capacidade de transmitir emoções complexas, algo que o tornaria uma característica de sua carreira.
Entretanto, foi com sua atuação na série britânica 'Skins' (2007-2008) que Hoult alcançou a verdadeira fama. Interpretando o personagem Tony Stonem, um adolescente manipulador e inteligente, ele conquistou o público e a crítica.
A série foi um marco na televisão britânica, apresentando uma abordagem crua e realista sobre a vida de jovens adultos.
O papel de Tony, cheio de complexidade emocional, permitiu que Hoult mostrasse sua habilidade para interpretar personagens multifacetados.
Sua participação em 'Skins' garantiu sua ascensão no Reino Unido e o consolidou como um dos jovens atores mais promissores da sua geração, além de ampliar sua visibilidade internacional.
Sua transição para papéis em filmes de grande orçamento começou com sua participação em 'X-Men: Primeira Classe' (2011), no qual interpretou Hank McCoy, o 'Fera'.
Neste filme, ele teve a oportunidade de explorar o dilema emocional de seu personagem, que, ao tentar equilibrar sua natureza humana com sua transformação mutante, precisou lidar com questões de identidade e aceitação.
Sua atuação foi bem recebida e ele continuou no papel em 'X-Men: Dias de um Futuro Esquecido' (2014) e 'X-Men: Apocalipse' (2016).
Apesar de seu sucesso em filmes de super-heróis, Hoult se mostrou crítico em relação à indústria de filmes de herói. Em várias entrevistas, ele expressou sua frustração com o que considera ser uma excessiva dependência de fórmulas previsíveis e comerciais.
Para ele, muitas dessas produções falham ao oferecer algo genuinamente novo e arriscado, confiando apenas no apelo das franquias para garantir o sucesso nas bilheteiras.
No entanto, ele fez questão de separar 'X-Men' de suas críticas, destacando a 'humanidade' e o 'coração' dos filmes da franquia. Em suas palavras, os filmes de 'X-Men' trazem profundidade aos personagens.
Ao longo dos anos, Nicholas Hoult continuou a diversificar seus papéis e a explorar novos gêneros cinematográficos. Em 2013, ele estrelou 'Meu namorado é um zumbi', uma mistura de comédia romântica e filme de zumbis.
Hoult também foi ganhando destaque em filmes de drama histórico e biográfico. Em 2017, ele interpretou Sir Robert Harley em 'A Favorita', a aclamada sátira histórica de Yorgos Lanthimos, no qual compartilhou cena com Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz.
Em 2019, Hoult interpretou J.R.R. Tolkien, o autor de 'O Senhor dos Anéis', no filme biográfico 'Tolkien'. O trabalho lhe rendeu elogios da crítica, solidificando seu status como um ator capaz de se reinventar em diversos papéis.
Nos últimos anos, Hoult tem se envolvido em projetos de grande expectativa. Um dos mais aguardados é 'Nosferatu', um remake do clássico do terror gótico de 1922, dirigido por Robert Eggers.
O filme promete ser uma abordagem inovadora do famoso conto de vampiro, e Hoult interpreta Thomas Hutter, o protagonista que acaba se envolvendo com o enigmático Nosferatu.
Durante as filmagens, o ator revelou que Eggers impôs uma regra curiosa para a performance dos atores: 'Não mexer as sobrancelhas'. A peculiar exigência visava a garantir interpretações mais autênticas e imersivas, típicas do estilo de direção de Eggers. O filme estreará em 2025.
Para 2025 também é esperado o lançamento do filme 'Superman', onde Hoult interpretará ninguém menos que Lex Luthor, arqui-inimigo do Super-Homem.
A carreira de Nicholas Hoult é um exemplo de evolução constante. De um garoto prodígio a um dos principais nomes do cinema contemporâneo, Hoult construiu uma trajetória marcada por escolhas ousadas e um profundo compromisso com a atuação.
Sua trajetória ainda está em ascensão, e, com novos projetos no horizonte, é claro que ele continuará a ser figura central na indústria cinematográfica.