Inicialmente relatados perto do rio Raritan e do reservatório Round Valley (foto), os avistamentos se espalharam para outras áreas, incluindo o Picatinny Arsenal, uma instalação militar sensível, e o campo de golfe de Donald Trump em Bedminster.
Relatos semelhantes surgiram em Nova York, Connecticut, Maryland e até em bases dos EUA no Reino Unido.
Os drones, descritos como grandes e coordenados, desafiam métodos tradicionais de detecção, mas autoridades federais dos EUA afirmam que a maioria dos avistamentos envolve aeronaves tripuladas legais.
Alguns parlamentares, incluindo Donald Trump, sugeriram abater os drones misteriosos para investigar sua origem e intenções.
O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, pediu ao presidente Joe Biden e ao Congresso esforços coordenados para resolver o caso e ampliar o uso de tecnologias antidrones pela polícia local.
Enquanto isso, alguns moradores sugeriram resolver o problema por conta própria, com ações ilegais como derrubar os drones, algo que as autoridades condenaram.
Embora tenham ficado famosos agora, os drones existem desde pelo menos 1989.
Na época, um militar israelense introduziu o Harpy, um drone que conseguia permanecer no ar por cerca de duas horas, procurando por sistemas de radar inimigos e atacando-os.
Empresas militares dos Estados Unidos, como a AeroVironment, comercializaram recentemente munições de espera semelhantes que contêm uma carga explosiva.
O Switchblade 600, nome dado a essa unidade, voa até localizar um tanque ou alvo e lança uma carga explosiva antitanque. No entanto, atualmente, ainda é necessária a aprovação de um ser humano.
Agora, o Pentágono já trabalha na criação de um “enxame de drones”. São centenas ou até milhares de drones autônomos, aprimorados por inteligência artificial, que transportarão equipamentos de vigilância ou armamentos.
Segundo o ‘New York Times’, a ideia dos EUA é que esses drones sejam posicionados próximos à China para uma implantação rápida em caso de conflito.
A intenção seria usar esses drones para neutralizar ou, no mínimo, diminuir a ampla rede de sistemas de mísseis antinavio e antiaéreos que a China construiu ao longo de suas costas e ilhas artificiais no Mar do Sul da China.
E esta é apenas uma das várias estratégias em andamento no Pentágono. A meta é ter milhares de drones econômicos, autônomos e por vezes letais em operação nos próximos um ou dois anos.
Esses ‘drones assassinos’ devem ser capazes de continuar funcionando mesmo em situações em que os sinais de GPS e as comunicações estejam bloqueados.
Apesar dos alertas, alguns especialistas argumentam que ataques totalmente automáticos, controlados por inteligência artificial, podem estar longe de acontecer.
Isso porque, mesmo os algoritmos mais avançados ainda não são totalmente confiáveis, o que significa que não podem tomar decisões autônomas sobre 'vida ou morte'.