A República das Maldivas é um pequeno país insular situado no Oceano Índico ao sudoeste do Sri Lanka e da Índia, ao sul do continente asiático. Ele possui ilhas localizadas a cerca de 450 km ao sul da península do Decão.
O país é formado por 1.190 ilhas, com praias, lagoas e recifes. Em virtude das paisagens belíssimas, se tornou um destino turístico extremamente requisitado no mundo.
De acordo com informações do Fórum Econômico Mundial, o nível dos oceanos pode subir cerca de 1,1 metro nas próximas oito décadas por causa do aquecimento global.
Por isso, até o ano de 2100, o arquipélago poderá ser totalmente submerso, visto que 80% das ilhas das Maldivas estão apenas um metro acima do nível do mar.
Em maio de 2021, Aminath Shauna, ministra do Meio Ambiente, já ressaltava que a República das Maldivas era o país mais vulnerável do mundo, considerando as mudanças climáticas. Para tentar conter as ameaças do clima, o país começou a adotar medidas como a redução das emissões de carbono e a construção de cidades flutuantes.
As Maldivas têm um clima tropical e úmido com uma precipitação aproximada de 2 mil mm ao ano. O Islã é a religião predominante e obrigatória, a qual foi introduzida em 1153. Além disso, a nação foi colônia portuguesa (1558), neerlandesa (1654) e britânica (1887).
É a nação menos populosa da Ásia, assim como o menos populoso entre os países muçulmanos e também o menor da Ásia. Malé é a maior cidade e capital. Ela está localizada no extremo sul do Atol Kaafu e também é uma das subdivisões administrativas do país.
As Maldivas são um membro fundador da Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional (SAARC). Também integram a Organização das Nações Unidas, a Organização para a Cooperação Islâmica e o Movimento dos Países Não Alinhados.
A pesca tem sido historicamente a atividade econômica dominante, e continua a ser o maior setor de exportação, seguido pelo rápido crescimento da indústria do turismo.
Junto com Sri Lanka, é um dos dois únicos países do sul da Ásia com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado elevado, com a sua renda per capita sendo a mais alta entre os países da SAARC.
De acordo a lenda maldívia, um príncipe cingalês chamado Koimale encalhou com sua esposa, filha do rei do Sri Lanka, em uma lagoa das Maldivas e dominou a região como o primeiro sultão.
Com o passar dos séculos, as ilhas foram visitadas por marinheiros dos países do mar Arábico e dos litorais do oceano Índico, que deixaram a sua marca.
No século XVI, entre 1558 e 1573, os portugueses estabeleceram uma pequena feitoria nas Maldivas, que administraram a partir da colónia principal portuguesa de Goa. Por quinze anos dominaram as ilhas, mas a atuação do feitor foi muito impopular.
O país foi governado como um sultanato islâmico independente na maior parte de sua história entre 1153 e 1968. Foi um protetorado britânico desde 1887 até 25 de julho de 1965. Em 1953, por um breve período, implantou-se uma república mas o sultanato se restabeleceu. Em 1968, a república se firmou no país.
As Maldivas são uma república presidencialista na qual o presidente é o chefe de estado e governo. O presidente é eleito por cinco anos, por voto secreto do parlamento e depois referendado pela população. O primeiro presidente eleito democraticamente nas Maldivas foi Mohamed Nasheed. O atual é Mohamed Muizzu.
Em 26 de dezembro de 2004, as ilhas foram devastadas por um tsunami, que se seguiu a um forte terremoto, produzindo ondas de 1,2 a 1,5 metro de altura e inundando o país quase por completo.
O idioma oficial das Ilhas Maldivas é o dhivehi. Devido ao turismo e à pouca difusão da lÃngua nativa no panorama internacional, os funcionários de qualquer hotel costumam falar inglês. A moeda oficial na República das Maldivas é a rupia das Maldivas (MVR), mais conhecida como rufiyaa.
A religião oficial da República das Maldivas é o Islã sunita. Trata-se de uma sociedade pouco radical, na qual o papel das mulheres adquire grande importância.
Apesar de ser conhecido pelas belezas naturais, o país também apresenta um lado obscuro. A apenas oito quilômetros da capital Malé, Thilafushi é considerada a maior ilha de lixo do Oceano Índico.
Um cenário bem diferente daquele que gera inúmeras curtidas nas redes sociais. Todos os dias são despejadas mais de 400 toneladas de lixo no local. De garrafas de champanhe a bateria de celular.
De acordo com a ONG ambiental Blue Peace, que desde 1989 trabalha na proteção do arquipélago maldívio, a superfície atual da ilha tem o tamanho equivalente a 70 campos de futebol. Todos os resíduos descartados no local são provenientes dos resorts da região.