Eles encontraram cordas de arco e flechas pré-históricas de 7 mil anos atrás! O resultado do estudo foi publicado na revista 'Scientific Reports'.
As cordas, feitas com tendões de corças, cabras e javalis, são as mais antigas já registradas na Europa.
As relíquias foram encontradas na 'Caverna dos Morcegos' (“Cueva de los Murciélagos“), que fica localizada em Granada, no sul da Espanha.
Segundo os pesquisadores, os arcos encontrados utilizavam uma técnica avançada de torção para criar materiais fortes e flexíveis.
As flechas, fabricadas com madeira de oliveira, junco e salgueiro, tinham pontas pesadas e eram revestidas com piche de casca de bétula, obtido por tratamento térmico, o que aumentava sua durabilidade e eficiência balística.
A descoberta também confirma o uso de junco na fabricação das flechas, uma hipótese discutida por décadas por especialistas.
Essas evidências mostram a combinação de materiais variados e técnicas sofisticadas, revelando o elevado domínio técnico das comunidades neolíticas.
O arco e flecha é uma das ferramentas mais antigas e versáteis já criadas pela humanidade. Sua origem remonta às profundezas da pré-história, com indícios de seu uso datando de cerca de 20 mil anos atrás.
Originalmente desenvolvido como uma ferramenta de caça, o arco evoluiu para desempenhar papéis importantes na guerra, no esporte e na cultura de diversas civilizações.
Os primeiros vestígios arqueológicos de arcos e flechas datam do período Mesolítico, sendo encontrados em regiões da Europa, África e Ásia.
Os primeiros arcos eram feitos de madeira simples e utilizavam tendões de animais ou fibras vegetais como corda, enquanto as flechas eram equipadas com pontas de pedra lascada.
Com o tempo, as técnicas de fabricação evoluíram, e arcos compostos começaram a surgir em regiões como o Egito Antigo e o Oriente Médio.
Com o tempo, os arcos passaram a ser construídos com materiais diversos, como madeira, chifre e tendões, permitindo maior eficiência e alcance.
Na antiguidade, o arco se tornou uma arma crucial em batalhas. Civilizações como os egípcios, assírios, persas e mongóis incorporaram o arco em suas estratégias militares.
O exército mongol, liderado por Genghis Khan, é especialmente famoso por sua habilidade no uso do arco a cavalo, uma inovação que lhes garantiu vantagens táticas significativas.
No Japão feudal, o arco (conhecido como 'yumi') foi usado tanto para a guerra quanto em práticas espirituais, como o ky?d?, uma forma de tiro com arco que persiste até hoje.
Na Idade Média europeia, o arco longo inglês (longbow) tornou-se uma arma lendária, famoso por seu papel em batalhas como a de Agincourt, durante a Guerra dos Cem Anos.
Com o surgimento das armas de fogo, no século XVI, a importância do arco e flecha como arma de guerra diminuiu significativamente. Ainda assim, continuou a ser usado para caça e esportes.
No século XIX, o arco e flecha experimentou um renascimento como esporte recreativo, principalmente na Europa e América do Norte.
Em 1900, o tiro com arco foi incluído nos Jogos Olímpicos, embora tenha sido retirado e reintroduzido permanentemente em 1972.
Hoje, o arco e flecha é praticado globalmente, tanto em competições como em atividades recreativas.
Além disso, o arco e flecha permanece profundamente enraizado em culturas indígenas ao redor do mundo, servindo como símbolo de tradição e identidade cultural.