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Planta da África do Sul recebe o título de 'mais solitária do mundo'


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wikimedia commons

Um grupo de cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, está tentando encontrar possíveis 'parceiras' para a planta com a ajuda da inteligência artificial.

Highfield Campus at the University of Southampton by Roger Davies

O projeto explora milhares de hectares de floresta na África do Sul, o único lugar onde a Encephalartos woodii (E. woodii) pode ser encontrada.

wikimedia commons Dietmar Rabich

Hoje considerada uma das espécies mais ameaçadas do mundo, a Encephalartos woodii já existia antes da era dos dinossauros.

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Segundo os pesquisadores, reverter a situação é praticamente impossível já que a planta é incapaz de se reproduzir sozinha.

wikimedia commons tato grasso

'A história da E. woodii me inspirou muito; parece um daqueles contos clássicos de amor não correspondido', afirmou Laura Ciniti, pesquisadora da Universidade de Southampton.

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Ela lidera um projeto que usa drones e inteligência artificial para encontrar fêmeas da espécie.

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'Tenho esperança de que haja uma fêmea em algum lugar por aí; afinal de contas, deve ter havido uma em algum momento. Seria incrível recuperar esta planta tão próxima da extinção por meio da reprodução natural', disse ela.

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Em 1895, foi descoberto o único exemplar conhecido (macho) da espécie na Floresta de oNgoye, nas proximidades da costa leste da África do Sul.

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Hoje, todos os Encephalartos woodii que existem são clones desse único espécime macho coletado em 1895.

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No projeto da Universidade de Southampton, drones tiram fotos aéreas da floresta, que são analisadas por ferramentas de inteligência artificial com o intuito de achar outras plantas.

divulgação/universidade de southampton

Por enquanto, o projeto cobriu menos de 2% dos quase 4.100 hectares da floresta.

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'Usamos um algoritmo de reconhecimento de imagens para identificar as plantas pela sua forma. Geramos imagens de plantas, e as colocamos em diferentes cenários ecológicos para ensinar o modelo a reconhecê-las', explicou Laura Ciniti.

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Segundo ela, a floresta nunca foi totalmente explorada para descobrir se a fêmea da planta existe.

wikimedia commons Dietmar Rabich

Hoje, um exemplar da espécie, que é cuidado de perto por especialistas, pode ser visto no Royal Botanic Gardens de Kew (Jardim Botânico de Londres).

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A Encephalartos woodii é considerada uma planta 'bonita', com folhas verde-escuras brilhantes que chegam a ter 3 metros de comprimento.

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Elas têm um formato arqueado que dá a Encephalartos woodii uma copa densa em formato de guarda-chuva.

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A maioria das plantas são dióicas, o que significa que cada indivíduo é exclusivamente macho ou fêmea. Ou seja, elas possuem órgãos reprodutivos distintos que produzem células sexuais diferentes.

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Plantas macho, por exemplo, produzem pólen, que é a célula sexual masculina. Esse material é responsável por fertilizar os óvulos das plantas fêmeas.

Imagem de Jürgen Diermaier por Pixabay

Já as plantas fêmeas produzem óvulos que são responsáveis por serem fertilizados pelo pólen das plantas machos.

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Em algumas espécies, como a maconha, o sexo da planta é importante para determinar seu uso final. As fêmeas produzem flores que contêm THC, o principal composto psicoativo da cannabis, enquanto as plantas machos têm flores que não contêm THC.

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Algumas plantas podem ser monoicas, o que significa que possuem órgãos reprodutivos masculinos e femininos na mesma planta. Outras plantas podem ser hermafroditas, o que significa que podem mudar de sexo durante seu ciclo de vida.

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