O bimotor tinha decolado minutos antes de Canela e caiu sobre uma pousada, um prédio e uma cas. Dezoito pessoas que estavam en terra precisaram de socorro médico, com queimaduras ou por inalação excessiva de fumaça. Vídeos mostram o fogo que atingiu os estabelecimentos.
Um vídeo gravado no aeroporto mostra o momento em que os passageiros caminhavam em direção ao avião para o embarque. Estavam ele, a mulher, filhos, sogra, irmã, cunhado e duas crianças.
Ironicamente, a mãe de Galeazzi, Maria Leonor, também faleceu em acidente aéreo em 2010. Na época, Maria Leonor tinha 69 anos e era a única passageira . Ela e o piloto morreram na hora.
Acidentes aéreos têm causado preocupação no Brasil. Em agosto, um avião caiu em Vinhedo (SP) . Havia acúmulo de gelo nas asas da aeronave. Todos morreram: 58 passageiros e 4 tripulantes.
Meteorologistas afirmaram que havia “áreas de instabilidade” e 35% de formação de gelo nas proximidades do local onde o avião caiu. havia casas na área, mas ninguém foi atingido no solo.
O voo 2283 da Voepass, antiga Passaredo, saiu de Cascavel, no Paraná, e se manteve regular durante 1 hora e 35 minutos. Mas, quando faltavam 17 minutos para o pouso em Guarulhos (SP), previsto para 13h45, o avião caiu.
A aeronave despencou 4 mil metros em um minuto, sumiu do radar e explodiu ao bater no solo. A identificação de corpos foi difícil porque estavam carbonizados.
Essa foi a maior tragédia da aviação comercial no Brasil desde o desastre que envolveu o aviao da TAM em 2007. Veja agora acidentes aéreos fatais que deixaram muitas vítimas no Brasil.
31/10/1996. Um Fokker 100 da TAM caiu na Rua Luís Orsini, em Jabaquara, São Paulo, causando a morte de 99 pessoas: todos os 96 passageiros e tripulantes, além de três pessoas no solo. O avião tinha saído de Caxias do Sul (RS) e ia para Recife, com escalas em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
Investigações mostraram que houve falha no reversor de empuxo de um dos motores, o que causou perda de velocidade e sustentação da aeronave. O laudo apontou precariedade na manutenção do equipamento. O trem de pouso entrou dentro de uma casa (foto).
29/09/2006. Um avião da Gol que seguia de Manaus para o Rio de Janeiro com escala em Brasília, colidiu no ar com um Legacy da Embraer quando sobrevoava o Mato Grosso. O avião se despedaçou e caiu na Serra do Cachimbo. Os 154 tripulantes e passageiros morreram.
O piloto do Legacy conseguiu fazer pouso de emergência na Base do Cachimbo. O laudo apontou duas causas para o acidente: erro do controlador e inoperância do aparelho que indica a posição de aviões no Legacy. A Gol não foi culpada.
17/7/2007. Um avião da TAM que tinha partido de Porto Alegre explodiu ao chegar a Congonhas (SP). O piloto não conseguiu frear, ultrapassou o limite da pista e bateu no prédio da TAM e num posto de gasolina. As 187 pessoas a bordo e 12 em solo morreram.
O laudo apontou que houve erro do piloto, além de falta de infraestrutura aeroportuária, ausência de ranhuras na pista e excesso de autonomia dos computadores do avião.
29/11/2016. O avião que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu no Cerro Gordo, área de mata a apenas 30 km do aeroporto de Medellín. O laudo apontou falta de combustível por erro de planejamento. 71 pessoas morreram. 6 sobreviveram.
Alguns acidentes não deixam um número muito grande de vítimas mas têm grande repercussão. É o caso da queda do avião que matou a cantora Marília Mendonça.
Foi em 5/11/2021 e ela postou fotos nas redes sociais mostrando o embarque e a alimentação já dentro da aeronave. Marília tinha 26 anos e estava no auge da carreira.
O avião caiu em Piedade de Caratinga, Minas Gerais. Além da cantora, morreram 4 pessoas: o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho.
A investigação concluiu que a responsabilidade pelo acidenge foi do piloto e do co-piloto. Segundo a apuração, antes do acidente, eles não fizeram contato com outros profissionais para o pouso no aeródromo. E não estudaram a região, onde havia uma torre de alta tensão na qual o avião bateu.
Como os dois morreram e não poderiam responder a processo, o caso foi arquivado. Advogado da família declarou que a tese da investigação não tinha fundamento e abalava a imagem do comandante e de seu auxiliar.