A aparição em 2023 deixou a comunidade científica esperançosa quanto à sobrevivência da espécie. Essa toupeira costuma gostar de praias arenosas e matagais áridos, e justamente considerando seus hábitos de ficar sempre na areia, é muito difícil encontrá-la.
Os autores do estudo pesquisaram 18 quilômetros de dunas por dia, a fim de detectar a toupeira usando o DNA que os animais liberam à medida que se movem pelo ambiente.
No caso de mamíferos como a toupeira, o DNA está presente principalmente em células da pele, cabelos e fluidos corporais.
“Extrair DNA do solo tem seus desafios, mas temos aprimorado nossas habilidades e refinado nossas técnicas, e estávamos bastante confiantes de que se a toupeira-dourada estivesse no ambiente, seríamos capazes de detectar descobrindo e sequenciando seu DNA”, apontou a equipe, em comunicado.
'Felizmente, tínhamos uma equipe fantástica cheia de entusiasmo e ideias inovadoras. Isso é exatamente do que você precisa quando tem de fazer um levantamento de até 18 km de habitat de dunas em um só dia.', completou.
A equipe percebeu, depois de 100 amostras de solo, que havia toupeiras-douradas vivendo nas dunas ao longo da costa noroeste da África do Sul.
Eles então comunicaram que estavam convencidos de que seria necessário apenas o método de detecção correto e o momento certo para encontrar a toupeira-dourada De Winton.
No local de pesquisa, Port Nolloth, as chuvas intensas revelaram rastros de membros da mesma espécie e diversas tocas. A cadela da raça border-collie Jessie ficou encarregada de identificar o cheiro e rastreá-las, porém não obteve sucesso.
A toupeira dourada vive a maior parte do tempo no subsolo, onde navega com uso de vibração e som, por ser cega. Por esse motivo, os cientistas tiveram dificuldade para encontrá-la e utilizaram a técnica do DNA.
A espécie De Winton é da 11ª de uma lista de 25 que estavam perdidas, mas foram encontradas pela ciência. O achado faz parte do projeto Re:wild, o qual confirmou espécies como o musaranho-elefante da Somália, a maior abelha do mundo na Indonésia e um camaleão em Madagascar.
O grupo chama a atenção para a proteção da região onde ocorreu a descoberta. Atualmente, o espaço está ameaçado pela expansão da extração de diamantes.
Além da toupeira dourada, existem outras espécies deste esquivo animal. Entre elas, está a toupeira d'água, que possui o focinho na forma de uma tromba e é lá que estão situados os órgãos sensitivos. As vibrissas sensoriais e órgãos de Eimer, essências para formar uma imagem 3D no cérebro, para um melhor sucesso na captação de alimentos.
A toupeira nariz estrela (presente na América) é facilmente identificável pelos vinte e dois apêndices carnudos cor de rosa do seu focinho, que é usado como um órgão táctil com receptores sensoriais, conhecidos como órgãos de Eimer, com os quais essa toupeira com tamanho de hamster sente seu caminho por aí.
A Toupeira pés largos é caracterizada por seu corpo robusto, mas pequeno, sua coloração marrom-acastanhada e seus membros dianteiros largos.
O Congresso Mundial de Conservação da IUCN é onde o mundo se reúne para definir prioridades e impulsionar ações de conservação e desenvolvimento sustentável. Os especialistas partilharam a ciência mais recente e as melhores práticas.
A UICN fornece às organizações públicas, privadas e não governamentais o conhecimento, as ferramentas e os projetos que permitem que as sociedades, as economias e a natureza prosperem juntas. Estes incluem dados, avaliações e análises, padrões confiáveis, fóruns de convocação neutros e recursos de capacitação.
Fundada em 1992, Biodiversity and Conservation é uma revista internacional que publica artigos sobre todos os aspectos da diversidade biológica, sua conservação e uso sustentável. Concentram-se em estudos que utilizam abordagens novas ou pouco utilizadas, e em regiões ou habitats ricos em biodiversidade menos estudados.
A África do Sul possui uma das maiores diversidades de flora do mundo, com mais de 20.000 espécies de plantas. O país abriga uma das maiores populações de vida selvagem do planeta, com reservas naturais e parques nacionais que preservam espécies ameaçadas de extinção.
O pais é repleto de paisagens deslumbrantes, vida selvagem fascinante, cultura vibrante e curiosidades únicas. Desde a Cidade do Cabo até a emocionante Rota Jardim, o encontro com a vida selvagem no Parque Nacional Kruger e as degustações nas vinícolas de Stellenbosch,
A diversidade de vida é possível de se ver em um safári na África do Sul, tanto da fauna, quanto da flora. São diversos animais como leões, rinocerontes, elefantes, zebras, girafas, guepardos, búfalos, hienas, entre outros.
Com um ecossistema predominantemente de pradaria, e o Parque Nacional Kruger como a principal reserva de animais e plantas, a fauna da África do Sul é uma das mais extensas. Diante disso, é um dos países com mais animais silvestres do planeta.
O Kruger cobre uma área de 20 mil km² e é um dos principais pontos turísticos de toda África do Sul, a nordeste do país. Multidões de visitantes frequentam o local para ver os famosos “big five” – “cinco gigantes”: o elefante, o leão, o leopardo, o rinoceronte e o búfalo-americano.
O parque ocupa uma área de quase dois milhões de hectares, um belo habitat onde aproximadamente 147 espécies de mamíferos, mais de 500 espécies de pássaros, 114 de répteis, 34 de anfíbios, 49 de peixes e 227 de borboletas vivem livres e cercados por uma belíssima fauna.
Os dois tipos climáticos predominantes são o Subtropical e o Temperado, sendo os verões tradicionalmente quentes e os invernos mais secos e com temperaturas amenas. A vegetação é caracterizada por savanas e estepes, nas áreas mais secas do país, pela vegetação mediterrânea, nas zonas próximas do litoral, e, ainda, pela presença de florestas tropicais, em especial, ao longo dos rios do país.
O Deserto do Kalahari é localizado na região sul da África, sendo o segundo maior do continente africano e o quinto maior do mundo, com cerca de 930 mil km², ocupando parte do território de África do Sul, Namíbia, Angola, Zâmbia e Botsuana. Conhecido também como Calaari, seu nome advém da palavra kgalagadi, que significa “grande sede”.