O evento nasceu em 2007 em Santa Cruz, na Califórnia, criado pelo norte-americano Jesse Avshalomov, um apaixonado pelo liquido. A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada. Acredita-se que tenha sido uma das primeiras bebidas alcoólicas criadas pelo ser humano.
Atualmente, é a terceira bebida mais popular do mundo, logo depois da água e do café. Ela é, portanto, a bebida alcoólica mais consumida no planeta, amada por muitos brasileiros.
A história da cerveja remonta a milhares de anos e está profundamente entrelaçada com o desenvolvimento da civilização humana. Afinal, acredita-se que ela tenha sido descoberta acidentalmente há cerca de 10 mil anos, antes da criação da civilização, quando os humanos eram nômades caçadores-coletores.
Vale destacar que a cerveja já era conhecida pelos antigos sumérios, egípcios, mesopotâmios e iberos, remontando, pelo menos, a 6 000 a.C. Afinal, a agricultura surgiu na Mesopotâmia em um período entre a revolução do Neolítico e a Idade dos Metais.
A mais antiga lei que regulamentou a produção e venda de cerveja é a Estela de Hamurabi, de 1760 a.C. Nela, se condenava à morte quem não respeitava os critérios de produção indicados. Ela incluía várias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja.
O Código de Hamurabi também estabelecia uma ração diária de cerveja para o povo da BabilÎnia. Com dois litros para os trabalhadores, três para os funcionários públicos e cinco para os administradores e o sumo sacerdote.
Em 2.600 a 2.350 a.C, arqueólogos encontraram menção no Hino a Ninkasi, a deusa da cerveja, de que os sumérios já produziam a bebida. Já na Babilônia, dá-se conta da existência de diferentes tipos de cerveja, originadas de diversas combinações de plantas e aromas, e o uso de diferentes quantidades de mel.
No antigo Egito, a cerveja, segundo o escritor grego Ateneu de Náucrates (século III), teria sido inventada para ajudar quem não tinha como pagar o vinho.
Até um dos faraós, Ramessés III (r. 1184–1153 a.C.), passou a ser conhecido como 'faraó-cervejeiro' após doar, aos sacerdotes do Templo de Amon, 466 308 ânforas ou aproximadamente um milhão de litros de cerveja provenientes de suas cervejarias.
Bebidas semelhantes à cerveja foram inventadas de forma independente em diversas sociedades em redor do mundo. Na Mesopotâmia, a mais antiga evidência está numa tábua suméria com cerca de 6.000 anos, enquanto trabalhadores eram frequentemente pagos em cerveja.
A expansão definitiva da cerveja aconteceu com o Império Romano, que a levou para todos os cantos do mundo. É atribuída a Júlio César a introdução da cerveja entre os britânicos. Por meio dos romanos, a cerveja também chegou à Gália, que atualmente é a França.
Com a queda do Império Romano, a produção de cerveja na Europa diminuiu. No entanto, na Idade Média, vários mosteiros passaram a fabricar cerveja, empregando diversas ervas para aromatizá-la, como mírica, rosmarino, louro, sálvia, gengibre e lúpulo.
O monopólio da fabricação da cerveja até por volta do século XI continuou com os conventos, que desempenhavam relevante papel social e cultural, acolhendo os peregrinos de outras regiões.
A Lei de Pureza foi promulgada em 23 de Abril de 1516 pelo Duque Wilhelm IV (Guilherme IV) da Baviera. Ela basicamente regulamentava que a cerveja somente poderia conter três ingredientes: malte, lúpulo e água.
Durante a Revolução Industrial, a produção de cerveja foi mecanizada, permitindo um aumento significativo na escala de produção. Além disso, a expansão global do colonialismo europeu também levou à disseminação da cerveja em várias partes do mundo.
Com o advento da Revolução Industrial, grandes cervejarias surgiram, visando a produção em massa. Aconteceu, então, a padronização dos sabores e a perda da diversidade cervejeira, sendo mais leves e deixando de lado estilos regionais e ingredientes únicos.
A partir das décadas finais do século XX, houve um movimento de resgate das tradições cervejeiras artesanais. Elas têm suas raízes nas tradições cervejeiras antigas, onde a produção era feita em pequena escala, utilizando métodos e ingredientes locais.
Em 2023, o valor do mercado global de cerveja foi estimado em US$ 750 bilhões, segundo a consultoria Statista Market, para um consumo da ordem de 188 bilhões de litros. O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de cerveja do mundo (62 litros por ano), atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
As cervejas são classificadas de acordo com seu teor de álcool e extrato, pelo malte ou de acordo com o tipo de fermentação. Estima-se que existam atualmente mais de 20 mil tipos de cervejas no mundo.
Cerveja preta tem origem na Alemanha, com uma coloração opaca e escura. Ela possui um sabor semelhante ao do café ou do chocolate preto. É robusta, pois é feita de malte torrado, o que lhe dá a cor escura.
As cervejas do tipo Pilsen são conhecidas no mercado por serem mais leves e descontraídas. Elas têm aquela pegada ideal para quem prefere sabores mais sutis. O nome Pilsen se refere à sua cidade de origem, que hoje é parte da República Tcheca, mas ela também apresenta variações alemãs.
As cervejas Lager são fermentadas por um tipo de levedura que se desenvolve melhor em temperaturas mais baixas. É comum elas serem associadas a cervejas de baixa fermentação.
As cervejas do tipo Pale Ale são fermentadas por leveduras que gostam de temperaturas mais elevadas, por isso são conhecidas entre os tipos de cerveja como opções de alta fermentação.
O Oktoberfest em Munique, na Alemanha, é o maior festival de cerveja do mundo, onde mais de 7 milhões de litros de cerveja são consumidos anualmente. No Brasil, o evento é realizado anualmente em Blumenau (SC), sendo um dos maiores da América Latina.