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Morre Ney Latorraca, aos 80 anos; relembre a carreira do ator


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Flickr Tomás Rangel

Vale lembrar que o diagnóstico de câncer aconteceu em 2019, quando o ator teve que retirar a próstata. No entanto, a doença retornou em agosto deste ano com metástase.

Reprodução do Instagram @antonioneylatorraca

Com sua morte, o artista deixa o marido, o também ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. Até o momento, o local e horário do velório ainda não foram definidos e divulgados pela família.

- Reprodução de Instagram

Nascido em Santos (SP) no dia 25 de julho de 1944, Antônio Ney Latorraca tinha a veia artística no sangue. Afinal, ele era filho de Alfredo, cantor e crooner de boates, e de Tomaza, uma corista, que se apresentavam em cassinos.

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Ney teve como padrinho de batismo o ator Grande Otelo, tendo crescido já no meio artístico. Dois anos após seu nascimento, um decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra fechou os cassinos, o que fez com que sua família perdesse seu principal meio de sobreviver.

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Durante a infância, o artista chegou a morar em São Paulo, porém logo retornou à Santos. Por lá, prestou exame no Instituto de Educação Canadá e formou, com um grupo de amigos que lá estudavam, a banda Eldorado.

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Quando voltou para São Paulo, o ator participou da peça 'Reportagem de um tempo mau', com direção de Plínio Marcos, no Teatro Arena. Contudo, a obra não entrou em cartaz por ter sido censurada pelo governo militar.

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Talentoso e com a comédia na veia, Ney estreou no teatro em 1964, em uma peça de escola chamada 'Pluft, o fantasminha'. O sucesso da obra ressoou, fazendo com que o artista tivesse destaque.

Tânia Rego /Agência Brasil

No retorno à sua cidade natal, Ney Latorraca estudou na Escola de Arte Dramática e atuou em algumas peças locais. Em 1969, surgiu a primeira oportunidade na televisão, com 'Super plá', na TV Tupi, e no cinema em 'Audácia, a fúria dos trópicos'.

Reprodução Redes Sociais

Na Tv Tupi, participou do seriado 'AlÎ, Doçura', em 1953, da novela 'Beto Rockfeller', em 1968, e fez uma participação em três capítulos da novela Super Plá, em 1969.

Reprodução do Instagram @antonioneylatorraca

Durante a década de 1970, atuou em diversas montagens teatrais. Entre elas, 'Hair' (1970), 'Jesus Christ Superstar' (1972), 'Bodas de Sangue' (1973) e 'A Mandrágora' (1975).

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Ainda, por intermédio da atriz Lilian Lemmertz, foi contratado pela Record, trabalhando em cinco novelas, que foram 'O Tempo não Apaga' e 'Quero Viver', ambas de 1972, 'Eu e a Moto', 'Vidas Marcadas' e 'Venha Ver o Sol na Estrada', ambas de 1973.

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Com passagens também pela TV Cultura e na TV Record, o ator ingressou na Rede Globo em 1975, na novela 'Escalada', de Lauro César Muniz, cujo elenco contava ainda com Tarcísio Meira e Susana Vieira.

Reprodução TV Globo

Em seguida, ao lado de Vera Fischer, interpretou uma cena de estupro em 'Coração alado' (1980), a primeira em uma novela das oito. No folhetim, chamou a atenção do público por seu talento e dividiu a telinha com grandes nomes: Tarcísio Meira, Débora Duarte e Walmor Chagas.

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O ator também é lembrado por seu papel na novela 'Estúpido cupido', exibida entre 1976 e 1977, na qual viveu Mederiquis, fã de Elvis Presley e líder da banda de rock Personélitis Bóis.

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Em 1978, apresentou com a atriz Djenane Machado, o musical 'Saudade Não Tem Idade', onde cantava, dançava e apresentava esquetes. No ano seguinte, no musical teatral Lola Moreno, contracenou com seu padrinho Grande Otelo.

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Na sequência, fez uma participação na novela 'Chega Mais' e interpretou Leandro Serrano na novela 'Coração Alado'. Ainda em 1980, participou da versão cinematográfica de 'O Beijo no Asfalto', quando protagonizou um beijo com Tarcísio Meira.

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Quatro anos depois, marcou presença em outra minissérie da emissora, 'Rabo de Saia', como intérprete do caixeiro-viajante Quequé, que tinha três mulheres. Na novela 'Um Sonho a Mais', esbanjou versatilidade ao interpretar cinco personagens diferentes, entre eles uma mulher.

Reprodução TV Globo

Ao lado de Marco Nanini, ficou 11 anos em cartaz com a peça 'O Mistério da Irma Vap', dirigida por Marília Pêra, que fez enorme sucesso pelo país.

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Entre 1988 e 1989, encarnou um de seus personagens mais populares, o velhinho Barbosa, do humorístico 'TV Pirata'. O personagem se tornou tão popular que todo mundo passou a imitá-lo, dizendo seu bordão: “Barbosa, Clotilde”.

Deixou a Globo em 1990 para trabalhar na novela 'Brasileiras e Brasileiros', do SBT. Mas o retorno à emissora carioca foi triunfal ao cair nas graças do público no papel do Conde Vlad, o chefe dos vampiros da novela 'Vamp'.

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Em 1994, no SBT, para fazer o remake da novela 'Éramos Seis'. Na sequência da carreira, encenou as seguintes peças, 'O Médico e o Monstro' (1994), 'Don Juan' (1995) e 'Quartett' (1996). Além disso, em 1997, de volta à Globo, trabalhou na novela Zazá, como o vilão Silas Vadan.

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Em 2000, fez parte do núcleo cômico da novela 'O Cravo e a Rosa', formando um engraçado e carismático trio com Maria Padilha e Eva Todor. Dois anos depois, o ator participou da novela 'O Beijo do Vampiro', no papel do Conde Nosferatu.

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Além disso, atuou na minissérie 'A Casa das Sete Mulheres' e em novelas como: 'Da Cor do Pecado', 'Bang Bang', 'Negócio da China', 'Meu Pedacinho de Chão' e 'Império'.

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Em setembro de 2017, pouco antes da estreia da temporada em São Paulo do musical Vamp, o ator anunciou que se aposentaria depois daquele trabalho. O último trabalho de Ney, portanto, foi em 2019, na série de comédia 'Cine Holliúdy', da Globo.

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