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Arqueólogo português descobre tesouro de 22 toneladas em navio naufragado


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reprodução/The Daily Galaxy/Great Discoveries Channel

É o que revela o arqueólogo subaquático Alexandre Monteiro, da Universidade Nova de Lisboa.

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Ele alerta para a falta de um plano de proteção para essas descobertas, que despertam o interesse de caçadores de tesouros.

divulgação/Brett Seymour/National Park Service

O arqueólogo dedicou 25 anos à pesquisa subaquática e criou uma base de dados com 8.620 registros de naufrágios em território português.

Russell Butcher pexels

Segundo seu estudo, são 7.500 naufrágios na costa continental, 1.000 nos Açores e 120 na Madeira.

wikimedia commons Luis Miguel Bugallo Sánchez

Esses naufrágios datam do período pós-1.500, quando os registros históricos começaram a detalhar melhor as embarcações e seus trajetos.

cvmvet por Pixabay

Entre os casos mais marcantes de sua carreira, Monteiro destaca a descoberta da nau Nossa Senhora da Luz, que naufragou em 1615 no Faial.

imagem gerada com ia/freepik rorozoa

Ele revelou que encontrou o ponto do naufrágio após quatro anos de pesquisa em arquivos históricos.

Youtube Canal Eliezer Tymniak

No passado, empresas de caça ao tesouro procuravam o governo dos Açores para explorar essas áreas, mas a falta de informações dificultava a proteção.

wikimedia commons Samuel Monteiro Domingues

Atualmente, a base de dados desenvolvida pelo arqueólogo tem sido crucial para identificar e preservar esses sítios históricos, garantindo que o legado marítimo de Portugal seja protegido.

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Entre os naufrágios mais impressionantes, destaca-se o Nossa Senhora do Rosário, um galeão espanhol afundado em 1589, próximo a Troia, com 22 toneladas de ouro e prata.

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“Investiguei até o nome da mãe do comandante. Esses dados estão publicados, mas ninguém fez nada”, lamentou o arqueólogo.

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Apesar de parecerem protegidos, esses tesouros não estão completamente seguros. Obras portuárias e projetos de infraestrutura podem expor ou destruir esses achados antes que sejam estudados.

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Segundo o arqueólogo, cerca de 250 navios com tesouros em território marítimo português mais cedo ou mais tarde podem ser encontrados de maneira acidental.

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Esses naufrágios não são apenas depósitos de riquezas, mas também registros vivos da expansão marítima e dos eventos históricos que marcaram uma época.

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O galeão São Jorge, naufragado há 500 anos durante a última expedição de Vasco da Gama à Índia, é um dos casos mais intrigantes da arqueologia subaquática.

Museus Naturais do Quênia/Divulgação

Possíveis vestígios foram descobertos em 2007, em Malindi, no Quênia, quando o especialista Caesar Bita apresentou evidências aos arqueólogos Alexandre Monteiro e Filipe Castro.

Divulgação/Caesar Bita

Com base nos artefatos encontrados e em registros históricos, Monteiro acredita que se trata do São Jorge, um navio português do início do século XVI.

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Se confirmado, o São Jorge será o naufrágio português mais antigo escavado arqueologicamente, oferecendo informações valiosas sobre a navegação, a construção naval e os desafios enfrentados pelos exploradores da época.

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Além disso, poderá revelar detalhes sobre os materiais e a logística das expedições marítimas, contribuindo para compreender melhor a história marítima de Portugal.

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