Em documentário lançado no mês de dezembro, no Youtube, o britânico da banda Gênesis compartilha com os fãs a angústia por não poder mais tocar o instrumento.
“Se eu não puder fazer o que fiz tão bem, prefiro relaxar e não fazer nada. Se eu acordar um dia e conseguir segurar um par de baquetas, vou tentar. Mas sinto que já passei do ponto”, desabafa o artista em “Phil Collins: Drummer First”.
“Ainda estou me acostumando um pouco. Passei toda a minha vida tocando bateria. De repente, não ser capaz de fazer isso é chocante”, completa.
No documentário, Nic Collins, filho do baterista e que segue os passos do pai no instrumento, comentou sobre a aflição vivida por Phil Collins.
“Os músicos, as pessoas de bandas em geral, tinham esse pensamento antigamente de que eram invencíveis. Acho que é isso que realmente acontece com meu pai”, reflete Nic em depoimento para a produção.
Nic Collins, de 23 anos, contou que o pai precisou passar por uma intervenção cirúrgica no pescoço ainda em 2025 devido a “todos aqueles anos tocando bateria e da má postura”.
Uma lesão nas vértebras acabou atingindo os nervos da região do pescoço do baterista, o que passou a comprometer seus movimentos. Ele recebeu diagnóstico de neuropatia periférica.
No documentário, Collins chega a se sentar no banco da bateria, mas não consegue executar o instrumento.
Em sua última performance com o Genesis, no mês de março de 2022, Phil Collins subiu ao palco em uma cadeira de rodas, o que emocionou seus fãs. O show fez parte da turnê “The Last Domino”, que marcou a despedida da banda.
Como baterista, uma das últimas aparições do músico britânico aconteceu em 2010 ao lado de Eric Clapton, no Prince´s Trust Rock Gala.
Desde então, o artista apresentou-se com o Genesis ou de forma solo apenas na condição de vocalista.
“Passei a vida inteira tocando bateria. De repente, não conseguir mais fazer isso é um choque”, reconhece Collins em trecho do documentário.
“Eu não sou um cantor que toca um pouco de bateria. Estou mais para um baterista que canta um pouco”, observou.
Philip David Charles Collins nasceu no dia 30 de janeiro de 1951 em Londres, capital do Reino Unido.
Ele começou a tocar bateria com apenas 5 anos. Em 1970, Collins entrou no Genesis como substituto do baterista John Mayhew. Cinco anos depois, o londrino tornou-se o vocalista do Genesis após Peter Gabriel deixar a banda.
Entre o fim dos anos 70 e a década de 80 o Genesis obteve enorme êxito comercial. No período, Collins também deu início à sua carreira solo.
Em 1981, o britânico lançou seu primeiro álbum solo, “Face Value”, que incluiu a canção “In the Air Tonight”, com grande sucesso nas paradas.
Collins colaborou com grandes astros da música, como Paul McCartney, Elton John e a icônica banda Led Zeppelin.
Além da bem sucedida carreira na música, tanto na bateria como nos vocais, Phil Collins também fez trabalhos como ator. Ele foi protagonista do filme “Buster - Procura-se um Ladrão” (1998), fez participações na série “Miami Vice” (1984) e também fez parte do elenco de “Hook - A Volta do Capitão Gancho” (1991), com Robin Williams.
Collins colecionou prêmios na carreira: 5 Grammys, 2 American Music Awards, 2 Globos de Ouro e 1 Oscar. Ele arrebatou a estatueta da maior premiação do cinema mundial em 2000 na categoria “Canção Original” por “You’ll be in my Heart” na animação “Tarzan”, da Disney.
Phil Collins foi casado três vezes e tem cinco filhos: Nicholas, Simon, Matthew, Joely e a atriz Lily Collins (foto), famosa por interpretar a personagem Emily Cooper na série de televisão “Emily em Paris”.