A procura por vacina contra a gripe e o intenso movimento nas agências bancárias provocaram uma situação inusitada nesta manhã de segunda-feira na Rua Padre Pedro Pinto, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte: o encontro de duas gigantescas filas.
Enquanto clientes de uma agência da Caixa Econômica Federal aguardavam atendimento do lado de fora, idosos se aglomeravam para tomar vacina numa unidade da rede Drogaria Araújo.
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Não muito distante dali, onde a fila para a agência da Caixa se formava, Nelcina Caetano, de 72, aguardava o atendimento na agência bancária desde às 8h. A aposentada que esperou por mais de 2 horas para receber o benefício do INSS, afirmou que não estava com medo dos riscos da aglomeração. De máscara, Nelcina disse ainda, que só estava tendo este cuidado, utilizando o equipamento de proteção, por imposição dos filhos. ‘’O pessoal lá de casa briga comigo. Eles falaram que não é para eu vir, mas e depois? Não vou poder comprar, pagar e nem nada”.
Alda Aparecida, de 65 anos também foi até a agência para acompanhar a vizinha de 75, que mora sozinha. Tirando uma pequena garrafa pet com álcool gel da bolsa, Alda afirmou que higienizava as mãos com o produto de tempos em tempos para se prevenir da COVID-19, “Com medo a gente fica, mas precisa vir”, disse sendo interrompida pela amiga mais velha que contrapôs. “Eu não tenho muito medo não, porquê aquele (Deus) está conosco,” completou apontando para o céu.
Não muito distante dali, onde a fila para a agência da Caixa se formava, Nelcina Caetano, de 72, aguardava o atendimento na agência bancária desde às 8h. A aposentada que esperou por mais de 2 horas para receber o benefício do INSS, afirmou que não estava com medo dos riscos da aglomeração. De máscara, Nelcina disse ainda, que só estava tendo este cuidado, utilizando o equipamento de proteção, por imposição dos filhos. ‘’O pessoal lá de casa briga comigo. Eles falaram que não é para eu vir, mas e depois? Não vou poder comprar, pagar e nem nada”.
Alda Aparecida, de 65 anos também foi até a agência para acompanhar a vizinha de 75, que mora sozinha. Tirando uma pequena garrafa pet com álcool gel da bolsa, Alda afirmou que higienizava as mãos com o produto de tempos em tempos para se prevenir da COVID-19, “Com medo a gente fica, mas precisa vir”, disse sendo interrompida pela amiga mais velha que contrapôs. “Eu não tenho muito medo não, porquê aquele (Deus) está conosco,” completou apontando para o céu.
Em frente ao local, um funcionário de máscara orientava as pessoas que chegavam ao local com relação as mudanças no funcionamento da agência.
Ao lado, em outro banco visitado pela reportagem, funcionários que instruíam os idosos nos caixas eletrônicos e que controlavam a entrada de pessoas na agência não foram vistos utilizando nenhum tipo de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Em ao menos quatro outras agências da mesma rua as filas persistiam. A aglomeração nos locais ainda oferece perigo diante do risco da contaminação pelo novo coronavírus. Nas imagens é possível ver que não há respeito pela distância de 1,5 metro a 2 metros entre as pessoas.
Nesta mesma manhã, a Secretaria de Estado de Sáude confirmou a primeira morte pela COVID-19 no estado. Outras 29 estão em investigação. São 261 casos confirmados em Minas, a maioria em Belo Horizonte.
*Estagiária sob supervisão do editor Renato Scapolatempore