Uma cerveja feita por mulheres para agradar a toda comunidade cervejeira. Essa é a ideia por trás da Best Bitter, novo rótulo da Prússia, que será lançada na próxima sexta-feira (8/3), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
Ao todo, 16 mulheres participaram do processo de concepção e desenvolvimento da bebida e seis cervejeiras desenvolveram a receita. Entre elas está a mineira Janaína Meireles, que é presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais (ACervA Mineira). Ela conta que o processo foi feito do zero. “A gente não queria fazer uma cerveja de mulher para mulher. A gente queria fazer uma cerveja que agradasse todo o meio cervejeiro, já que ela vai ser vendida em todo o Brasil”, conta.
O novo rótulo foge do estereótipo das cervejas consideradas femininas: ela não é doce e muito menos cor-de-rosa. Por isso, desde o final de dezembro, o grupo de cervejeiras trabalharam para criar a receita, chegando na Best Bitter. A fórmula leva três diferentes tipos de malte, o amargor sutil dos lúpulos Amira e Bobek, além do toque de cacau, amora e framboesa. “Notas frutadas dançam em cada gole, com toque de cacau para enriquecer a experiência!”, descreve a marca.
A cerveja tem aroma sutil, com paladar amargo e seco no final. “Ela tem uma drinkability muito boa, fica boa no paladar e dá vontade de beber mais. Não é enjoativa, não é doce, ela tem final seco e persistente. Ela é bem versátil na hora da harmonização, vai muito bem com carnes, cozidos e queijos amarelos. Pra quem gosta, né? Para falar a verdade, eu tomo ela com tudo”, brinca a cervejeira.
Com a receita aprovada, foi feita a brassagem, ou seja, a produção, no final de janeiro, em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas. Depois de pronta, a cerveja ganhou uma embalagem especial. O rótulo foi inspirado na Deusa da cerveja, Ninkasi, buscando destacar a importância cultural da bebida na antiguidade e sua produção vista como algo divino.
A marca caracteriza a bebida como uma celebração pela contribuição histórica feminina na produção ao longo dos séculos, desde civilizações antigas até tradições medievais. Hoje, elas ainda são minorias no mundo cervejeiro, mas o cenário está mudando. “Logicamente, é importante. eu fico muito feliz de ter mulheres cervejeiras. Na ACervA Mineira, os maridos incentivam que as mulheres virem cervejeiras”, conta Janaína.
Ação do bem
Além de celebrar a participação feminina no mercado cervejeiro, a venda da Best Bitter da Prússia reverterá metade dos lucros para o Instituto Filhas de Sara, de Belo Horizonte, que acolhe mulheres em situação de violência. A organização também trabalha na defesa e garantia de direitos de crianças, adolescentes e idosas, visando uma sociedade mais justa e igualitária.
A bebida será vendida pelo e-commerce da Prússia.