Drinque autoral Yellow Machine -  (crédito: Divulgação)

Drinque autoral Yellow Machine

crédito: Divulgação

Um grande clássico da coquetelaria mundial é o Negroni Sour (R$49), presente na carta do Restaurante Macaréu, o mais recente empreendimento do chef Léo Paixão, localizado em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. “É um coquetel equilibrado com um sabor marcante do tradicional negroni porém suavizado pela espuma de clara de ovo e o limão siciliano. Sendo assim, acaba se tornando um drink fácil de beber”, explica Uanderson Vieira Fernandes, 32 anos, chef de bar do Grupo de bares e restaurantes de Léo Paixão.


A origem da bebida ainda gera muitos debates. Há quem defenda que a receita nasceu na Itália e outros afirmam que foi na França, mas, apesar disso, ela segue conquistando pelo mundo todo o paladar daqueles que buscam por um coquetel sofisticado e simples ao mesmo tempo, principalmente para os que são fãs de um drinque mais forte, pois a bebida é conhecida pelo seu gosto amargo.


Feito com gin premium de preferência do cliente, vermouth rosso que é o primeiro vermute produzido desde 1863, campari, limão siciliano e clara de ovo, a preparação é um detalhe especial da degustação. No primeiro momento, o bartender deve bater os ingredientes sem gelo até conseguir uma textura homogênea. Em seguida, faz a batida com o gelo e depois faz dupla coagem para taça coupe. Inclusive, circula um ditado popular que ele é obrigatório na hora do happy hour em Milão.


Com uma produção de 50 a 70 unidades por semana, o drinque que agrada os dois gêneros, é mais popular entre os homens devido ao seu paladar mais acentuado e amargo. “No entanto, o Negroni Sour é uma bebida que ainda existe um certo preconceito do público masculino por ser servido na taça coupe”.

 

Aviation Olivia

Aviation Olivia

Victor Schwaner/Divulgação


Dry Martini


A origem exata do Dry Martini ainda é um pouco misteriosa, mas há duas histórias principais: algumas pessoas dizem que um bartender do hotel Knickerbocker criou o Dry Martini para um cliente famoso. Outros acreditam que o coquetel começou como uma bebida chamada “Martinez,” que usava gin e vermute doce, mas com o tempo foi modificada para ficar mais seca, tornando-se o Dry Martini. “Ambas as versões mostram como o Dry Martini evoluiu para se tornar um coquetel clássico, amado por seu sabor seco e elegante. O drink é um exemplo de uma bebida que se adaptou ao longo do tempo, refletindo o gosto das pessoas por coquetéis mais secos e sofisticados”, conta Gustavo Giacchero, 47 anos, Sommelier pela Wine and Spirits Education Trust e gerente de alimentos e bebidas do Hotel Fasano, em Belo Horizonte.


No bar do hotel Fasano, localizado na região centro-sul de BH, o cliente encontra uma releitura da bebida, o Dry Martini Super Premium (R$75) feito com os ingredientes básicos do coquetel: gin, vermute seco e uma guarnição, que pode ser uma azeitona verde ou uma casca de limão, servidos em uma taça de coquetel previamente resfriada.


“No caso do nosso Dry Martini, usamos o Beefeater 24 que é uma variante premium do gin tradicional Beefeater. Criado por Desmond Payne, mestre destilador da Beefeater, o Beefeater 24 é conhecido por seu sabor refinado e ingredientes únicos. Já o vermute Noilly Prat é uma marca francesa de vermute que é reconhecida por sua qualidade e história. Criada por Joseph Noilly em 1813, a marca é uma das mais antigas produtoras de vermute do mundo e é especialmente conhecida por seus métodos tradicionais de produção e envelhecimento”.


Com a venda de equivalente 40 drinques por semana, o público que opta por beber um Dry Martini geralmente é composto por pessoas que apreciam coquetéis clássicos e elegantes, além de valorizar um sabor mais seco e refinado. “No geral, quem gosta de Dry Martini tende a ser alguém que aprecia uma experiência de coquetel mais refinada. Eles podem gostar de ocasiões especiais e ter uma abordagem mais formal ao desfrutar de bebidas”.


O coquetel tem um sabor seco, com a presença marcante do gin, que traz notas de zimbro e ervas. O vermute seco adiciona um toque sutil de complexidade e suavidade. O resultado é uma bebida limpa e refrescante, com um ligeiro amargor. O acabamento pode variar de acordo com a guarnição, com a azeitona dando um toque salgado e a casca de limão oferecendo um leve cítrico.

 

Gustavo Giacchero, sommelier E gerENte de alimentos e bebdias do Fasano Belo Horizonte

Gustavo Giacchero, sommelier E gerENte de alimentos e bebdias do Fasano Belo Horizonte

Paulo Fields/dIVULGAÇÃO


Smoke on the Water

40ml de suco de limão, 40ml de xarope de açúcar, 20ml do vinho Jerez seco e uma pitada de flor de sal no drink. Em seguida, bater todos os ingredientes na coqueteleira. Coar duas vezes. Servir em uma taça de Martini, e saborear a bebida ao som de um bom blues. Essa é a experiência de degustar o drinque sofisticado Smoke on the Water (R$62), no restaurante D’Artagnan Bistrô, localizado na região centro-sul de BH.


A bebida autoral, que vende em média dez unidades por semana, possui o sabor cítrico e salgado e é opção para um público diverso e de idades diferentes, mas principalmente entre aquelas pessoas que são mais curiosas que desejam provar algo inusitado no cardápio.

“A criação veio de uma viagem a Florença, onde vi esta máquina própria para defumar coquetéis e fiquei encantada! Voltei para casa com a ideia em mente, me juntei com o Muriel Pereira da Silva, chef do bar, fizemos vários testes e chegamos no Smoke on the Water”, conta Marise Rache, dona do restaurante.


O drinque que homenageia a banda britânica de rock Deep Purple, é servido numa taça de Martini e propõe uma experiência única: ele chega envolto de uma bolha de ar que ao ser furada se dilui em fumaças tornando uma bebida diferenciada, chamativa e com uma apresentação criativa.


A administradora do D’Artagnan ainda indica o drinque para harmonização de pratos leves. “Por sua característica cítrica e refrescante, podemos pensar na harmonização com pratos com molhos untuosos e brincar no paladar. Também, na salada de camarão”.


SERVIÇO

Mina Jazz Bar
Av. Álvares Cabral, 17 – Centro, Belo Horizonte
(31) 9 8414-8312
@minajazzbar

Pacato
R. Rio de Janeiro, 2735 – Lourdes, Belo Horizonte
(31) 9 8324-8736
@pacatobh

Bar Puxado
Av. Amazonas, 1073 (Loja 52) – Galeria São Vicente, Praça Raul Soares
@barpalito

Restaurante Macaréu
R. Dicíola Horta, 77 – Vila da Serra, Belo Horizonte
(31) 9 3292-4237
@macareubh

Olivia Mediterrâneo
Alameda Oscar Niemeyer, 1033, loja 18 – Vila da Serra, Nova Lima
(31) 9 9556-0952
@oliviamediterraneo

Hotel Fasano
R. São Paulo, 2320 – Lourdes, Belo Horizonte
(31) 3500 8900
@fasano

D’artagnan Bistrô
Rua Tomás Gonzaga, 593 – Lourdes, Belo Horizonte
(31) 3295-7878
@dartagnanbistro

RECEITA

Aviation Olivia

20ml xarope de violeta
15ml de amarena
50ml de gin
15ml de limão
4 unidades de amora

Coloque as amoras em uma coqueteleira, macere, adicione todos os outros ingredientes.
Em seguida, acrescente o gelo, bata, coe. Servir com um gelo premium.


Dry Martini

Gelo
15ml de vermute Nolly Prat
80ml de Beefeater 24
Azeitona
Palito

Para o preparo, encha uma taça Dry de gelo e reserve. Encha o copo mixing glass de gelo. Mexa com uma colher bailarina. Retire o excesso de água. Coloque mais um pouco de gelo. Coloque 15ml de vermute Nolly Prat, 80ml de Beefeater 24 e mexa por 20 segundos. Descarte o gelo da taça, faça uma dupla coagem, decore com uma azeitona no palito.