Feijão tropeiro do Bar do Museu Clube da Esquina feito pela chef Giovana Beliene -  (crédito: Pablo Silva/ Divulgação)

Feijão tropeiro do Bar do Museu Clube da Esquina feito pela chef Giovana Beliene

crédito: Pablo Silva/ Divulgação

Falar de feijão tropeiro é falar de Minas Gerais, e é nessa brincadeira que um dos pratos mais tradicionais do estado ganha seu primeiro concurso na capital, o Festival Sabores do Santa Tereza – 1º Festival de Tropeiro de Belo Horizonte, que vai acontecer entre os dias 7 a 23 de junho com a participação de 14 bares e restaurantes do bairro Santa Tereza e região.

 

 

 

Com o intuito de promover a diversidade do prato, cada restaurante teve a liberdade de escolher seus ingredientes e optar por diferentes formas de fazer, e para quem acredita que o tropeiro tem um único modo de ser preparado, se surpreende ao embarcar no Festival.

 

“Os pratos propostos foram uma surpresa muito grande e muito boa, porque nós pensamos, a princípio, que cada restaurante iria escolher uma cor de feijão diferente e uma farinha diferente, mas a base ia ser a mesma. Porém, os chefes estão superando todas as expectativas criando dentro da proposta das suas casas um tropeiro com a sua cara e com estilos inéditos”, conta a idealizadora Miriam Cerutti em entrevista ao Estado de Minas.

 

Festival Sabores do Santa Tereza

 

Durante o Festival, de 7 a 23 de junho, o público irá degustar o tropeiro e o drink de cachaça de cada estabelecimento, votar e eleger os 3 melhores quanto à apresentação, sabor e criatividade.

 

Há opções disponíveis para todos os estilos e sabores, desde pratos mais clássicos até outros com toque especial da Ásia. Para aqueles que buscam o tradicional tropeiro mineiro, o do The Brother's optou por seguir o clássico bem feito, feito com tropeiro, couve, ovo com gema mole (ou à escolha do cliente), arroz, banana empanada e frita, carne de panela e torresmo. “Nós buscamos colocar no nosso prato os detalhes da culinária raiz mineira, sem fugir muito do tradicional”, conta o proprietário do bar, Rodrigo Souza.

 

Circuito gastronômico dedicado ao feijão tropeiro quer celebrar e difundir o legado histórico e cultural desta receita tipicamente nacional

Circuito gastronômico dedicado ao feijão tropeiro quer celebrar e difundir o legado histórico e cultural desta receita tipicamente nacional. Na foto, feijão tropeiro do Bar do Museu Clube da Esquina feito pela chef Giovana Beliene

Pablo Silva/Divulgação

 

Seguindo a linha do tropeiro tradicional mas com um toque mais gourmetizado e com diferentes texturas, a chef Giovana Beliene preparou, pelo Bar do Museu Clube da Esquina, uma opções de tropeiro contemporânea feita com o feijão tropeiro na sua essência, três texturas de feijão (cremoso, cozido e frito), blend de farinha (com torresmo, bacon, farinha de mandioca e farinha de milho), barriga de porco glaceada no melado da cachaça Jeceaba, copa lombo também marinado na cachaça e finalizado com o ovo pochê.

 

O evento  reunirá 20 estabelecimentos que irão elaborar um tropeiro exclusivo e um drink com cachaça, que serão os atrativos principais do circuito

O evento reunirá 20 estabelecimentos que irão elaborar um tropeiro exclusivo e um drink com cachaça, que serão os atrativos principais do circuito. Na foto, o tradicional tropeiro mineiro do The Brother's

Pablo Silva/Divulgação

 

E para aqueles que não sabiam que tropeiro pode ser construído de outras formas, o chef Marlon Sérgio veio para romper esse paradigma, criando um prato que mistura a cultura mineira com a asiática. Disponível no The Eat, a receita conta com acelga, farinha panko, sete diferentes grãos (entre asiáticos e mineiros), arroz jasmin, grão de gergelim torrado e gengibre frito. “Eu tenho uma paixão imensa pela culinária asiática. Então resolvi fazer um feijão tropeiro que tivesse essa desconstrução, eu falo que minha cozinha é um laboratório e foi de uma uma dessas misturas surgiu esse pratos que me deixou bem feliz”, conta o chef.

 

O feijão tropeiro é um prato típico do Brasil, mas pode ser preparado com ingredientes de outros continentes. Na foto, tropeiro asiatidco preparado pelo chef Marlon Sérgio para o The Eat

O feijão tropeiro é um prato típico do Brasil, mas pode ser preparado com ingredientes de outros continentes. Na foto, tropeiro asiatidco preparado pelo chef Marlon Sérgio para o The Eat

Pablo Silva/Divulgação

 

Além desses, terão opções de tropeiros feitos com peixes, camarão, amendoim e muito mais.

 

A maior caipirinha do mundo

 No evento de encerramento, no dia 29 de junho, sábado, que vai acontecer de 10h às 22h, na Praça Duque de Caxias, além das preparações das receitas pelos estabelecimentos e atrações artísticas, o evento evoca outras facetas relacionadas à história e consumo do tropeiro: será produzida a maior caipirinha do mundo, com o objetivo de ser registrada pelo Guinness Book.

 

Serão utilizados um tonel de 1.000 litros, 300 litros de cachaça Jeceaba - apoiadora do evento - 100kg de limão, 60kg de açúcar, cerca de 500kg de gelo, 2 mil copos e 10 barmans.

 

Confira lista dos bares participantes

 

1-Mármore 450

Rua Mármore, 450 - Santa Tereza

@marmore450

 

2- Bar Do Museu Clube Da Esquina

Rua Paraisópolis, 738 - Santa Tereza

@bardomuseuclubedaesquina

 

3- The Brothers

Rua Bom Despacho 373- Santa Tereza

@thebrothers.bh

 

4- Sheridan

R. Mármore, 588 - Santa Tereza

@sheridanrestaurante

 

5- The Eat Resto

Rua Tenente Vitorino, 255 - Santa Tereza

@theeatresto

 

6- Terezinha Bar

Rua Mármore, 773 - Santa Tereza

@terezinhabar

 

7- Tia Maluka Bar E Restaurante

Rua Quimberlita, 20 - Santa Tereza

@tiamaluka.restaurante

 

8- Dom Caixeta

Rua Tenente Freitas 248 - Santa Tereza

@domcaixeta1

 

9- Bar Bocaiúva

Rua Paraisópolis, 550 - Santa Tereza

@barbocaiuva

 

10- A Firma

Rua Quimberlita, 310 - Santa Tereza

@afirma310

 

11- Cunhas Bar

Rua Quimberlita, 320 - Santa Tereza

@cunha.sbar

 

12- Dona Carlota Empório

Rua Salinas, 2421 - Santa Tereza

@emporiodonacarlota

 

13- Bar Sabores Da Ana

Rua Hermílio Alves, 500 - Santa Tereza

 

14- Bar Du Pedro

Rua Quimberlita, 246 Santa Tereza

@bardupedro

 

Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos