Com mil litros, a caipirinha produzida no Sabores do Santa Tereza - 1º Festival de Tropeiro de Belo Horizonte, agora deve ter a marca registrada pelo Guinness Book
 -  (crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Com mil litros, a caipirinha produzida no Sabores do Santa Tereza - 1º Festival de Tropeiro de Belo Horizonte, agora deve ter a marca registrada pelo Guinness Book

crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press

O Sabores do Santa Tereza - 1º Festival de Tropeiro de Belo Horizonte encerrou neste sábado (29/06) tendo uma missão: preparar a maior caipirinha do mundo. Missão cumprida com, nada menos, do que a produção do drink, simbolo de Minas e do Brasill, com mil litros. Agora, o objetivo é ver a marca registrada pelo Guinness Book.

 

 

 

Foram utilizados um tonel de 1.000 litros, 300 litros de cachaça Jeceaba, 100kg de limão, 60kg de açúcar, cerca de 500kg de gelo, 2 mil copos e 10 barmans.

 

 

O recorde anterior era de uma caipirinha de 600 litros. Uma mistura de 220 litros de cachaça, 60 quilos de limão, 45 quilos de açúcar e 350 quilos de gel, receita de grupo de Alagoas.

 

O feito coube aos chefs Christiano Rocco e a empresária e chef Miriam Cerutti, proprietária do restaurante Mármore 450 e idealizadora do festival no Bairro de Santa Tereza: "No Santa Tereza, eu já tive a oportunidade de fazer o maior tropeiro do mundo. E, agora, eu me juntei com a chef Míriam Cerutti, que é uma das maiores especialistas em drinks com cachaça do Brasil e do mundo, então, nós já temos experiência com recordes", destaca Christiano Rocco. 

 

Christiano Rocco destaca que a chef Miriam Cerutti fez a ficha técnica: "Trabalhamos com mil litros. Existe um recorde de um pessoal de Alagoas, com 600 litros, e hoje nós batemos esta marca. Só de cachaça foram 300 litros".

 

Receita tradicional 

Chef Christiano Rocco e a empresária e chef Míriam Cerutti, idealizadora do Sabrores de Santa Tereza, apostaram na receita clássica da caipirinha: limão, gelo e açúcar refinado

Chef Christiano Rocco e a empresária e chef Míriam Cerutti, idealizadora do Sabrores de Santa Tereza, apostaram na receita clássica da caipirinha: limão, gelo e açúcar refinado

Marcos Vieira/EM/D.A Press

 

Rocco explica que usaram uma espécie de tónel, um recipiente "fornecido pela nossa parceira, a Cachaça Jeceaba, um kit que eles usam para produzir a cachaça, em alumínio, todo higienizado" para comportar o volume da produção da maior caipirinha do mundo.

 

 

Chef Rocco e chef Míriam apostaram na receita clássica, conhecida mundialmente e replicada nos quatro cantos do mundo: "Limão, gelo e açúcar refinado, ou seja, uma caipirinha bem tradicional. E usamos  uma colher de pau gigante para mexer".

 

 

 A caipirinha, vendida a preço popular, precisou de 2 mil copos e 10 barmans para dar conta de tanto drink

A caipirinha, vendida a preço popular, precisou de 2 mil copos e 10 barmans para dar conta de tanto drink

Marcos Vieira/EM/D.A Press

 

E quem prestigiou o Sabores do Santa Tereza também pode de deliciar com a caipirinha: "Servimos os mil litros e vendemos a um preço popular para que todo mundo pudesse provar e fazer parte desta história", comemora o chef. 

 

A marca do Brasil

 

A caipirnha é um dos símbolos do Brasil. Mas você sabe qual sua origem? Saiba que há controvérsias.*


Primeira versão

 

Há historiador que aponte o origem da caipirinha como sendo criada em meados do século 19 por fazendeiros na região de Piracicaba (SP). O drink era servido em festas de alto padrão, como alternativa ao uísque e ao vinho importados. Mas logo a caipirinha ganhou o gosto popular devido ao baixo preço de seus ingredientes, popularizando-se por todo o estado e se tornando a bebida símbolo de São Paulo. No início do século 20, na década de 1930, já era possível encontrá-la em outros estados, especialmente no Rio de Janeiro e Minas Gerais. 


Segunda versão


A segunda versão da origem da caipirinha mantém a história em São Paulo. Só que desta vez, não era um produto da elite, mas variação de uma receita de xarope, popular no interior do estado no ano de 1918. A receita desse xarope levava limão, alho e mel e um pouco de cachaça. O remédio caseiro era para combater a gripe espanhola. Num belo dia, alguém decidiu eliminar o alho e o mel e colocar umas colheres de açúcar para diminuir um pouco a acidez do limão. Nascia então a famosa Caipirinha.

 

Terceira versão

 

Outra versão, citada em matéria do jornal paranaense Gazeta do Povo, credita a origem do drink a marinheiros que passavam pelo Rio de Janeiro. Eles adicionariam o limão a doses de cachaça para evitar o escorbuto, uma fraqueza da gengiva por falta de vitamina C. No entanto, tal tese não é defendida por acadêmicos ou historiadores.

 

*Fonte: Agrosaber