Juliana Duarte, chef do restaurante Cozinha Santo Antônio e historiadora, vem estudando há anos a obra de Eduardo Frieiro -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Juliana Duarte, chef do restaurante Cozinha Santo Antônio e historiadora, vem estudando há anos a obra de Eduardo Frieiro

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

5 de julho, o Dia da Gastronomia Mineira. A data para celebrar as riquezas da cozinha do estado de Minas Gerais não foi escolhida por acaso. É o dia do aniversário de Eduardo Frieiro, o intelectual que estudou a fundo a cultura – incluindo a gastronomia – mineira.

 

Juliana Duarte, chef do restaurante Cozinha Santo Antônio, que também é historiadora, vem estudando há anos a obra de Frieiro. Como conta, ele era filho de imigrantes espanhóis. Foi um autodidata que devorou livros e se tornou professor nos cursos de letras e biblioteconomia. "Ele não era só um intelectual que produzia obras, mas também participou ativamente de vários movimentos e conviveu com varias gerações de escritores", destaca.

 

A chef tem um prato em homenagem a Eduardo Frieiro, o Ensaio para Frieiro, com frango pinga e frita, angu de milho crioulo, couve crocante, telha de feijão, quiabo tostado na grelha e pipoca

A chef tem um prato em homenagem a Eduardo Frieiro, o Ensaio para Frieiro, com frango pinga e frita, angu de milho crioulo, couve crocante, telha de feijão, quiabo tostado na grelha e pipoca

Leandro Couri/EM/D.A Press

 

Entre as décadas de 1930 e 1980, participou de vários projetos importantes, sendo fundador e diretor da Biblioteca Pública de Minas Gerais (parte do seu acervo deu origem à Coleção Mineiriana, que reúne obras de autores mineiros) e um dos editores dos dois primeiros livros de poemas de Carlos Drummond de Andrade.

 

 

 

Em 1966, publicou “Feijão, angu e couve”, um complicado dos seus estudos sobre a comida mineiro, considerado o primeiro livro dedicado ao assunto e que é leitura obrigatória para entender a cultura alimentar de Minas Gerais. "A obra do Frieiro de uma grandiosidade por ter reunido diferentes tipos de descrição da nossa comida e em diferentes períodos da história", aponta.

 

 

A chef ainda exalta o livro por não ter a pretensão de responder perguntas, mas jogar questões, deixando a história aberta para que continue a ser contada.