Prédio começou a ser construído em 1897 -  (crédito: Gustavo Xavier/Divulgação)

Prédio começou a ser construído em 1897

crédito: Gustavo Xavier/Divulgação

 

Imagina entrar no salão nobre de um imponente palacete do fim do século 19. Piso de taco, detalhes decorativos nas paredes e no teto e um piano de cauda. A enorme mesa está posta, esperando você para um banquete. Parece sonho, mas isso é real, e pode ser vivido aqui (em Belo Horizonte) e agora (hoje mesmo, se quiser).

 


Sabe como? A 9ª edição da mostra de arquitetura, arte e design Modernos Eternos BH está ocupando o belo e histórico prédio do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), que começou a ser construído em 1897. Fica no Bairro Funcionários. A mostra reformou todo o espaço para receber 42 ambientes decorados e reservou o salão nobre, onde ocorriam as reuniões da diretoria da escola, para abrigar o restaurante. Dizem que o espaço também abrigou reuniões políticas de JK.


O restaurante recebeu o nome de La Vie en Rose, em referência à cor rosa da fachada original do prédio e pela escola, no início, ter sido destinada apenas a mulheres.

 

A arquiteta Cristina Menezes instalou uma mesa coletiva praticamente com a mesma extensão do espaço

A arquiteta Cristina Menezes instalou uma mesa coletiva praticamente com a mesma extensão do espaço

Gustavo Xavier/Divulgação
 

 

Quando você entra no espaço, tem a sensação de que está viajando para o passado. O salão, em formato retangular, tem pé direito enorme, portas e janelas que quase chegam ao teto e interessantes enfeites nas paredes, que dão a ideia de quão antigas são.

 

A arquiteta Cristina Menezes, responsável pela reforma do salão, preservou todos os detalhes arquitetônicos nas paredes e no teto e o piso de taco se mantém com os desenhos originais. Apenas o mobiliário, fornecido pela Lider, é novo.

 


Em referência aos antigos salões onde se faziam as refeições nos palacetes, a arquiteta optou por instalar uma mesa coletiva praticamente com a mesma extensão do espaço. Com a diferença de que são mesas menores, com design variados, enfileiradas e cada uma tem um conjunto de cadeiras diferentes. Mas a ideia é você se sentir como em um banquete dos séculos passados.

 

Banquete moderno


Falando em banquete, o chef Jorge Ferreira, já conhecido pelo restaurante Olivia Mediterrâneo, que fica no Vila da Serra, em Nova Lima, partiu dessa inspiração para criar o cardápio. Os pratos remetem às antigas refeições, que levavam as comidas à mesa em grandes travessas. Mas, para viabilizar a proposta em um restaurante, preferiu servir pratos individuais.


O banquete transita entre as cozinhas mediterrânea e italiana, com sete opções de entrada, seis principais, uma salada e duas sobremesas.

 

Para os carnívoros, uma boa pedida é o Filé ao Bordelaise com batatas coradas, cebola baby, brócolis e crocante de avelã

Para os carnívoros, uma boa pedida é o Filé ao Bordelaise com batatas coradas, cebola baby, brócolis e crocante de avelã

Degustatividade/Divulgação
 

 

De entrada, o vinagrete de polvo (R$ 76) que acompanha Jorge por onde ele vai. Nessa mesma linha, de entrada fria com peixe, ainda tem o tartare de salmão (R$ 49). Outras opções para começar o banquete é o stick de bacalhau e alho-poró com aioli de azeitona preta (R$ 51) e a croqueta de costela (R$ 47).

 

 

Partindo para os pratos principais, a primeira sugestão é o filé de peixe branco ao molho de limão com amêndoas, cenouras e purê de batata doce (R$ 97). O pappardelle com camarões ao molho pomodoro (R$ 109) também traz frutos do mar.


Para os carnívoros, uma boa pedida é o Filé ao Bordelaise (R$ 105) com batatas coradas, cebola baby, brócolis e crocante de avelã, assim como o arroz de pato (R$ 89) com uma curiosacoalhada de laranja, combinação de coalhada seca e redução de laranja.

 

As sobremesas são servidas em taça coupé, que remetem ao passado

As sobremesas são servidas em taça coupé, que remetem ao passado

Degustatividade/Divulgação
 

 

Quem não come carne pode pedir o canelone de queijo brie com espinafre (R$ 81), acompanhado de dois molhos (tomate e fonduta de grana padano) e crocante de castanhas.


As sobremesas são servidas em taça coupé, que remetem ao passado - antigamente eram usadas para beber champanhe. O banquete pode se encerrar com uma versão de tiramisu (R$ 42) com creme de café, queijo mascarpone e chocolate branco e biscoito champanhe e morangos frescos com chantilide frutas vermelhas, balsâmico e crumble de castanhas (R$ 39).

 


Para entrar no clima, entram em cena drinques clássicos, como Aperol Spritz (R$ 39), Negroni (R$ 35) e Bellini (R$ 42).


Estilo eclético

 

O edifício do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) começou a ser construído em 1897.Projetado pelo arquiteto Edgar Nascentes Coelho, em estilo eclético, era para abrigar o Ginásio Mineiro que se transferia de Ouro Preto para a nova capital. No fim da década de 1920, o prédio passou por uma grande reforma, de autoria do arquiteto Carlos Santos, e ganhou uma nova e imponente fachada. O tombamento estadual da edificação foi aprovado em 1982. Em março de 2023, o IEMG foi atingido por um incêndio. Depois da mostra Modernos Eternos, o prédio passará por uma grande reforma e voltará a ser escola em dois anos.


Serviço


La Vie en Rose na Modernos Eternos 2024

  • Data: até 14 de julho
  • Horário: de terça a sexta, das 17h às 22h; sábado, das 13h às 22h; domingo, das 13h às 17h
  • Endereço: Avenida Carandaí, 957, Funcionários (acesso pela entrada lateral)
  • Ingressos: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia para idosos acima dos 60 anos e estudantes) vendidos única e exclusivamente pelo site
  • Informações: Instagram e site da mostra