Veneno da Sogra. Esse é o nome do restaurante responsável por arrancar sorrisos e levantar as sobrancelhas de quem passa pela movimentada Avenida do Contorno, na Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Mas não se engane, o veneno aqui é pura brincadeira. Por trás do trocadilho, existe um ambiente acolhedor e um cardápio que contempla o melhor da comida mineira com "gostinho" de casa.
Tudo começou em 2006, quando a mãe da dona do estabelecimento, Tarcia Dayrell, comandava uma barraca de comida em uma feira. "Na época, meu marido, Carlos Jones, sugeriu a ele o nome Veneno da Sogra. Mas o nome era um trocadilho, o 'veneno' é bom, ela é uma exímia cozinheira", relembra a proprietária. No entanto, a mãe não ficou confortável com a ideia.
Anos mais tarde, em 2017, Tarcia e Jones compraram um restaurante próprio. "O primeiro nome que veio em mente foi esse", comenta ela. Assim, a casa foi oficialmente batizada de Veneno da Sogra.
No início, Tarcia conta que a mãe dela continuava desaprovando o nome. Porém, tudo mudou quando, no ano passado, em uma viagem à Serra do Cipó, ela ouviu algumas pessoas falando que a comida local não chegava "aos pés" do sabor da feijoada do Veneno da Sogra.
"Nessa hora ela disse que se encheu de orgulho e foi na mesa desconhecida se apresentar como a 'Sogra'", relata. Depois disso, o nome se tornou motivo de risadas na família. "Às vezes, os clientes perguntam sobre o veneno da sogra e meu marido brinca que sou eu", diz a dona do estabelecimento.
Clientes experimentam o 'Veneno'
O nome causa a curiosidade de quem passa pelo restaurante, em plena Savassi. Além disso, o local com a alcunha inusitada conquistou uma clientela fiel desde a abertura. "Clientes que almoçavam aqui há anos, quando ainda não era o Veneno da Sogra, não sabiam o nome do antigo restaurante. Logo que chegamos e colocamos o nome, eles nunca mais esqueceram. Na hora do almoço eles falam, 'vamos almoçar lá no Veneno'", destaca a dona.
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Tarcia ainda compartilha outras reações do público ao ver o letreiro. Ela diz que muitos fazem fotos em frente ao local e falam que "vão trazer a sogra para experimentar esse veneno".
Ela recorda, com um sorriso no rosto, outro caso relacionado ao nome do restaurante, quando uma pessoa a perguntou se o 'veneno matava'. "Na hora, outro cliente respondeu que sim, e disse: 'mata a fome'."
O sabor do veneno
"A minha avó costuma dizer que o tempero da comida é o amor. Sempre que estava na cozinha. assobiava e cantarolava. Nós conseguimos trazer essa emoção para o Veneno da Sogra, fazendo tudo com muito carinho e amor. A cozinha está sempre alegre", afirma Tarcia.
O foco do restaurante é a comida caseira. "Os temperos que usamos à base de alho e sal são feitos no restaurante, e escolhemos uma variedade menor de pratos para alcançar o sabor de casa. O arroz com feijão são feito durante o expediente, isso para oferecer comida fresquinha em todo o horário de funcionamento", explica Jones.
O Veneno da Sogra funciona de segunda a sexta-feira para almoço, de 11h às 15h, e aos sábados para delivery, de 11h às 15h30. São fixos no cardápio a batata frita de verdade (quarta-feira); o tropeiro da roça, feito com feijão vermelho (quinta-feira); e o carro-chefe, a feijoada do Veneno da Sogra, produzida com defumados artesanais (sexta-feira e sábado). As refeições são à vontade e acompanham uma proteína, por R$ 22. Já a feijoada sai a R$ 25.
Para além dos pratos e piadas, o Veneno da Sogra incentiva a interação entre as pessoas. "O restaurante não possui televisão, som e não fornece acesso à internet. A nossa estratégia é ter um momento de pausa e lazer desconectado", conclui Jones.
Serviço
Local: Av. do Contorno, 6460 - Savassi
Telefone: (31) 98404-9697
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa